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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dados de uma bola de fogo da explosão de uma estrela nova




Concepção artística de um sistema estelar responsável por uma nova. 
Uma equipe de astrônomos  captou as primeiras imagens de uma bola de fogo termonuclear de uma estrela nova, permitindo-lhes seguir a explosão à medida que se expandia.
A nova foi detectada no ano passado na constelação do Golfinho pelo telescópio infravermelho Chara Array nos EUA.
Pesquisadores de 17 instituições em todo o mundo, inclusive da Universidade de Sydney e da Universidade Nacional Australiana, analisaram os dados resultantes.
Isso revelou com “clareza sem precedentes” como a bola de fogo evolui enquanto o gás que a alimenta se expande e esfria.
“Não tínhamos a capacidade de ver essa rara ampliação ou alta resolução de imagens até muito pouco tempo atrás, quando começamos a construir esses potentes conjuntos telescópicos,” disse Tuthill, do Instituto de Astronomia da Universidade de Sydney.
“Essas explosões são episódios muito raros, causados por estrelas anãs brancas, que são os restos queimados de estrelas feitas de matéria muito densa – uma colher de chá cheia disso pesa toneladas.
“A estrela anã branca é como um mosquito que voa ao redor da estrela companheira, sugando lentamente o hidrogênio de sua companheira através de um pequeno canudo gravitacional.”
Isso  criou um “oceano” de hidrogênio em sua superfície com alguns metros de espessura, disse Tuthill, com a pressão do fundo do oceano finalmente atingindo uma massa crítica e desencadeando uma explosão termonuclear chamada nova.
“Uma bola de fogo, como uma grande bomba de hidrogênio que se  propaga para fora,” disse.
Apesar da grande detonação, a anã branca escapa relativamente incólume e continua a circundar sua hospedeira, acumulando mais matéria, de forma que o  ciclo possa se repetir.
A medição da expansão permitiu aos pesquisadores estabelecer que a nova estava  cerca de 14.800 anos-luz distante do Sol, o que significa que a explosão observada em agosto de 2013 ocorreu, na verdade, há uns 15.000 anos.
Quando medida pela última vez, 43 dias após a detonação, a nova havia se expandido cerca de 20 vezes, a uma velocidade superior a 600 km por segundo, descobriu a pesquisa chefiada pelo astrônomo Gail Schaefer da Universidade Estadual da Geórgia, nos EUA.
As descobertas foram publicadas segunda-feira na prestigiada revista Nature aqui.

Tradução de Luiz Leitão



An artist’s impression of a star system responsible for a nova. Photograph: David A Hardy/www.astroart.org//PA
A team of astronomers have captured the first images of a thermonuclear fireball from a nova star, allowing them to track the explosion as it expanded.
The nova was detected last year in the constellation Delphinus by the Chara Array infrared telescope in the US.
Researchers from 17 institutions around the world, including the University of Sydney and the Australian National University, analysed the resulting data.
It revealed with “unprecedented clarity” how the fireball evolves as the gas fuelling it expands and cools, Professor Peter Tuthill, a co-author on the study, said.
“We haven’t had the ability to witness such exquisite magnification or high resolution of images until very recently, when we started building these powerful Array telescopes,” Tuthill, from the University of Sydney’s Institute for Astronomy, said.
“These explosions are quite unusual events caused by a white dwarf star, which is a burned-out remnant of a star made of very dense material – a teaspoon full of this stuff weighs tonnes.
“The white dwarf star is like a mosquito that buzzes around the companion star, slowly sucking hydrogen from its companion through a little gravitational straw.”
This created an “ocean” of hydrogen on its surface a few hundred metres thick, Tuthill said, with the pressure at bottom of the ocean eventually reaching critical mass and triggering a thermonuclear explosion called a nova.
“You get a fireball, like a massive hydrogen bomb that propagates outwards,” he said.
Despite the massive detonation, the white dwarf escapes relatively unscathed and continues to circle around its host accumulating more matter so the cycle can repeat again.
Measuring the expansion allowed researchers to establish the nova was about 14,800 light years away from the sun, meaning that the explosion witnessed in August 2013 actually took place nearly 15,000 years ago.
When last measured 43 days after the detonation, the nova had expanded nearly 20-fold, at a velocity of more than 600km per second, the research led by astronomer Gail Schaefer from Georgia State University, found.
The findings were published in the prestigious international journal Nature on Monday


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