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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Telescópios da NASA descobrem a construção primordial de um gigante galáctico


Astrônomos obtiveram, pela primeira vez, uma visão dos mais primitivos estágios de formação de uma grande galáxia. O local desta formação, denominado “Sparky,” é um denso núcleo galáctico  brilhando com a luz de milhões de novas estrelas, formadas a um ritmo alucinante.
Galáxias elípticas totalmente desenvolvidas são amontoados de antigas estrelas, desprovidos de gás, que se supõe desenvolverem-se de dentro para fora,com um núcleo compacto marcando seu começo. Como o núcleo galáctico está muito distante, a luz vinda da  galáxia em formação observada da Terra foi criada, na verdade, há 11 bilhões de anos, apenas 3 bilhões de anos depois do Big Bang.
Embora com o tamanho de apenas uma fração da Via Láctea, o pequeno e energético núcleo galáctico já contém cerca de duas vezes mais estrelas do que nossa galáxia, todas espremidas em uma tregião com apenas 6.000 anos-luz de diâmetro. Para se ter uma ideia, a Via Láctea tem uns 100.000 anos-luz de diâmetro.
Os cientistas nunca haviam visto um processo de formação capaz de criar coisas tão densas assim.Acredita-se que este processo de formação de núcleo seja um fenômeno exclusivo do universo primordial porque este, como um todo, era muito mais compacto. Hoje em dia, o universo é tão difuso que não consegue mais criar objetos assim.”
O Sparky produziu cerca de 300 estrelas por ano, contra  10 produzidas pela Via Láctea.
“São ambiente muito extremos,” disse Nelson. É como um caldeirão medieval  forjando estrelas. Há muita turbulência, e é borbulhante. Se você estivesse lá, o céu noturno brilharia com as jovens estrelas, e haveria muita poeira gás e restos de estrelas explodidas. Ver isso acontecer de verdade é algo fascinante.”
Astrônomos supõem que esse descontrolado processo de nascimento estelar foi desencadeado por uma torrente de gás fluindo para o núcleo da galáxia enquanto se formava  nas profundezas de um poço gravitacional de matéria escura, um material cósmico invisível que atua como o andaime do universo para a construção de galáxias.
Observações indicam que a galáxia havia estado produzindo estrelas em um ritmo furioso durante mais de um bilhão de anos. É provável que esta atividade frenética se desacelere até cessar por completo, e que no decorrer dos próximos 10 bilhões de anos outras galáxias menores se fundam com Sparky, fazenda-o expandir-se até tornar-se uma gigantecas e calma galáxia elíptica.
“Creio que nossa descoberta elucida a dúvida sobre se essa forma de formação de galáxias aconteceu de fato ou não,” disse o membro da equipe Pieter van Dokkum, da Universidade de Yale. “A questão agora é: com que frequência isso ocorreu? Nós achamos que haja outras galáxias como essa que são ainda mais esmaecidas em comprimentos de onda próximos ao infravermelho. Cremos que eles sejam mais brilhantes em comprimentos de onda mais longos, e, portantom caberá mesmo aos futuros telescópios infravermelhos, como Telescópio Espacial James Webb da NASA, descobrir mais a respeito desses objetos.”

Tradução de Luiz Leitão

Astronomers have for the first time caught a glimpse of the earliest stages of massive galaxy construction. The building site, dubbed “Sparky,” is a dense galactic core blazing with the light of millions of newborn stars that are forming at a ferocious rate.
A fully developed elliptical galaxy is a gas-deficient gathering of ancient stars theorized to develop from the inside out, with a compact core marking its beginnings. Because the galactic core is so far away, the light of the forming galaxy that is observable from Earth was actually created 11 billion years ago, just 3 billion years after the Big Bang.
Although only a fraction of the size of the Milky Way, the tiny powerhouse galactic core already contains about twice as many stars as our own galaxy, all crammed into a region only 6,000 light-years across. The Milky Way is about 100,000 light-years across.
Scientists really hadn’t seen a formation process that could create things that are this dense. They suspect that this core-formation process is a phenomenon unique to the early universe because the early universe, as a whole, was more compact. Today, the universe is so diffuse that it cannot create such objects anymore.
Sparky produced roughly 300 stars per year, compared to the 10 stars per year produced by our Milky Way.
They’re very extreme environments, like a medieval cauldron forging stars. There’s a lot of turbulence, and it’s bubbling. If you were in there, the night sky would be bright with young stars, and there would be a lot of dust, gas, and remnants of exploding stars. To actually see this happening is fascinating.
Astronomers theorize that this frenzied star birth was sparked by a torrent of gas flowing into the galaxy’s core while it formed deep inside a gravitational well of dark matter, invisible cosmic material that acts as the scaffolding of the universe for galaxy construction.
Observations indicate that the galaxy had been furiously making stars for more than a billion years. It is likely that this frenzy eventually will slow to a stop, and that over the next 10 billion years other smaller galaxies may merge with Sparky, causing it to expand and become a mammoth, sedate elliptical galaxy.
The question now is, how often did this occur? We suspect there are other galaxies like this that are even fainter in near-infrared wavelengths. We think they’ll be brighter at longer wavelengths, and so it will really be up to future infrared telescopes such as NASA’s James Webb Space Telescope to find more of these objects.”

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