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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Telescópio Extremamente Grande


Há um projeto no deserto Atacama, no Chile, para cortar o topo do Monte  Cerro Armazone, a 3.000 metros de altitude. O local irá abrigar o maior telescópio óptico e infravermelho do mundo.

O Telescópio Europeu Extremamente Grande, ou E-ELT, servirá a astrônomos e cosmólogos durante várias gerações. O tamanho, como diz o nome, influi. Cerca de 2.500 toneladas de equipamentos de aço irão sustentar um espelho principal com cerca de 40 m de diâmetro. É um tamanho suficientemente grande para permitir observar a mais tênue luz das primeiras estrelas, e colhes sinais de vida em planetas muito além do sistema solar.

A construção do E-ELT vai durar dez anos. Seu enorme espelho é grande demais para ser feito com apenas uma peça de vidro, por isso, os engenheiros irão combinar 798 espelhos hexagonais menores, cada um dos quais movendo-se independentemente. O E-ELT conta com um sistema chamado óptica adaptativa, capaz de mudar a posição dos espelhos simultaneamente para reduzir os efeitos de distorção da atmosfera.

Quando o telescópio entrar em operação, por volta de 2024, os astrônomos irão apontá-lo para planetas semehantes à Terra, orbitando estrelas parecidas com o Sol, em sistemas solares distantes. Até agora, os cientistas dizeram apenas medições rudimentares desses planetas, mas com o E-ELT as coisas serão diferentes. O objetivo é  estudar a atmosfera desses planetas.

A atmosfera de um planeta pode conter vários sinais de vida. O E-ELT irá procurar as marcas de metano em infravermelho de, gás liberado por muitas espécies de vida na Terra, além de outros gases como oxigênio e dióxido de carbono. O telescópio poderá detectar diretamente sinais  de vida, como a clorofila encontrada em vegetais. 

O equipamento terá também outras utilidades. Em 2011, cientistas compartilharam um prêmio Nobel  por seu trabalho sobre supernovas, que são estrelas explodidas, revelando a taxa de expansão do universo. 

Com o E-ELT, será possível observar supernovas muito mais distantes, o que permitirá mapear a expansão do universo desde tempos bem mais remotos. 

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