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domingo, 1 de junho de 2014

No interior da Nebulosa da Chama


Estrelas normalmente nascem em aglomerados, em gigantescas nuvens de  gás e poeira. Astrônomos estudaram dois aglomerados estelares com o auxílio do Observatório Chandra de Raios X da NASA e de telescópios infravermelhos, e os resultados mostram que as mais hipóteses mais simples para o nascimento desses aglomerados não podem estar corretas, como foi descrito no último comunicado à imprensa emitido pela agência.
Esta imagem  composta mostra um dos aglomerados, NGC 2024, encontrado no centro da chamada Nebulosa da Chama, distante da terra cerca de 1.400 anos-luz. Nesta imagem, os raios X do Chandra aparecem na cor púrpura, e os dados em infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer são mostrados nas cores vermelha, verde e azul.
Um estudo de NGC 2024 e do Aglomerado Estelar de Orion, outra região onde várias estrelas estão se formando, indica que as estrelas nas cercanias desses aglomerados são mais velhas do que as situadas nas regiões centrais. Isso difere do previsto na hipótese mais simples sobre a formação estelar, segundo a qual as estrelas nascem no centro de nuvens de gás e poeira em colapso quando a densidade é grande o suficiente.
Conforme os novos resultados, as estrelas no centro de NGC 2024 tinham cerca de 200.000 anos , enquanto  as das bordas tinham por volta de 1,5 milhão de anos. Em Orion, a faixa de idade é de 1,2 milhão de anos no centro do aglomerado até cerca de 2 milhões de anos no caso das estrelas situadas nas suas bordas.
As explicações para as novas descobertas podem ser agrupadas em três amplas categorias. A primeira diz que a formação de estrelas continua ocorrendo nas regiões internas. Isso poderia ter acontecido porque o gás nas regiões externas de nuvens de formação estelar é mais fino e difuso do que nas regiões internas. Com o tempo, se a densidade cair abaixo de um valor mínimo abaixo do qual não pode mais entrar em colapso para  formar estrelas, a formação estelar nas regiões externas cessará, enquanto as estrelas continuarão se formando nas regiões internas, levando a uma concentração de estrelas jovens ali.
Outra ideia é a de que as estrelas antigas tiveram mais tempo para  se afastarem do centro do aglomerador, ou para serem atiradas em direção às bordas pela interação com outras estrelas. Finalmente, as observações poderiam ser explicadas se as estrelas jovens forem formadas em grandes filamentos de gás que caem na direção do centro do aglomerado.

This composite image shows one of the clusters, NGC 2024, which is found in the center of the so-called Flame Nebula about 1,400 light years from Earth. In this image, X-rays from Chandra are seen as purple, while infrared data from NASA's Spitzer Space Telescope are colored red, green, and blue.
A study of NGC 2024 and the Orion Nebula Cluster, another region where many stars are forming, suggest that the stars on the outskirts of these clusters are older than those in the central regions. This is different from what the simplest idea of star formation predicts, where stars are born first in the center of a collapsing cloud of gas and dust when the density is large enough.
According to the new results, the stars at the center of NGC 2024 were about 200,000 years old while those on the outskirts were about 1.5 million years in age. In Orion, the age spread went from 1.2 million years in the middle of the cluster to nearly 2 million years for the stars toward the edges.
Explanations for the new findings can be grouped into three broad categories. The first is that star formation is continuing to occur in the inner regions. This could have happened because the gas in the outer regions of a star-forming cloud is thinner and more diffuse than in the inner regions. Over time, if the density falls below a threshold value where it can no longer collapse to form stars, star formation will cease in the outer regions, whereas stars will continue to form in the inner regions, leading to a concentration of younger stars there.
Another suggestion is that old stars have had more time to drift away from the center of the cluster, or be kicked outward by interactions with other stars. Finally, the observations could be explained if young stars are formed in massive filaments of gas that fall toward the center of the cluster.

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