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domingo, 1 de setembro de 2013

O destino do nosso Sol em 4 bilhões de anos

Um gráfico mostrando nosso Sol, que tem cerca de 4,6 bilhões de anos, e outra estrela, HIP 102152, que tem 8,2 bihões de anos


Uma estrela distante, considerada quase idêntica ao nosso Sol, está dando aos cientistas a oportunidade de ver como será  nosso sistema solar dentro de quatro bilhões de anos.

A estrela, chamada HIP 102152, é considerada uma das mais próximas “gêmeas” do nosso Sol que os astrônomos descobriram até agora, porém é consideravelmente mais velha.
Localizada a 250 anos-luz da Terra, cientistas esperam agora estudá-la para saber como nosso Sol irá envelhecer. Ela tem temperatura, tamanho e composição química similares à do nosso Sol.
As observações, feitas através do Telescópio Ultra Grande do Observatório Austral Europeu, no Chile, também indicam que a estrela pode ser orbitada por planetas rochosos.
Se este for mesmo o caso, poderá até fornecer algumas pistas sobre o destino do nosso Sol quando o Sistema Solar envelhecer consideravelmente.
Jorge Melendez, da Universidade de Sao Paulo, no Brasil, que chefia a equipe de pesquisadores, disse: “ “Durante décadas, astrônomos vêm procurando gêmeas do Sol para conhecer melhor nosso Sol provedor de vida, mas muito poucos foram descobertos desde o primeiro, em 1997.
O espectro produzido por uma estrela atua como um código de barras identificador, fornecendo detalhes sobre sua composição química e história.
No big bang, grandes quantidades de hidrogênio e hélio foram  produzidas, além de elementos leves como o lítio.
À medida que as estrelas envelhecem, este lítio vai sendo queimado ou destruído, possibilitando aos cientists dizer sua idade. Nosso Sol tem apenas um por cento do lítio que tinha quando se formou.
As novas observações de HIP 102152 já permitiram aos astrônomos to estabelecer a correlação entre a idade de estrelas semelhantes ao Sol e seu conteúdo de lítio.
Tala Wanda Monroe, também da Universidade de São Paulo e integrante da equipe de pesquisadores, disse: “Nós descobrimos que HIP 102152 tem quantidades muito pequenas de lítio.
“Isso demonstra claramente, pela primeira vez, que gêmeas solares mais antigas têm, de fato, menos  lítio do que nosso Sol ou gêmeas solares mais novas.
“Temos agora certeza de que as estrelas, de alguma forma, destróem seu lítio à medida que envelhecem, e de que o conteúdo de lítio do Sol parece ser normal para sua idade.”
Os pesquisadores, cujas descobertas foram publicadas na revista Astrophysical Journal Letters, também encontraram uma incomum "assinatura" química que ainda não foi detectada em outras gêmeas solares, mas está presente no nosso Sol.
Tanto HIP 102152 como nosso Sol contêm baixos níveis de elementos que estão presos em meteoritos e aqui na Terra. Isso indica que HIP 102152 também pode ter planetas rochosos.
Se isso for verdade, poderá revelar o que aguarda nosso Sistema Solar nos próximos quatro bilhões de anos.
Tradução de Luiz Leitão

A graphic showing our own sun, which is around 4.6 billion years old, while HIP 102152 is 8.2 billion years old


A distant star thought to be almost identical to our own sun is providing scientists with the chance to see how our solar system will look in four billion years time.

The star, known as HIP 102152, is considered to be one of the closest “twins” of our Sun that astronomers have found to date, but is considerably older.
Located 250 light years from Earth, scientists now hope to study it to learn how our own sun will age. It has similar temperature, size and chemical composition to our Sun.
The observations, achieved using the European Southern Observatory’s Very Large Telescope, in Chile, also suggest that the star may be orbited by rocky planets.
If this turns out to be the case, it could even provide some clues as to our own fate as the solar system gets older.
Jorge Melendez, from the Universidade de Sao Paulo in Brazil who led the team of researchers, said: “ “For decades, astronomers have been searching for solar twins in order to know our own life-giving Sun better, but very few have been found since the first one was discovered in 1997.
The spectrum produced by a star acts like an identifying bar code, providing details about its chemical composition and history.
In the big bang large amounts of hydrogen and helium were produced along with light elements such as lithium.
As stars age, this lithium is burned up or destroyed, providing scientists with an ability to tell how old a star is. Our Sun has just one per cent of the lithium that it would have had when it was formed.
The new observations of HIP 102152 have already allowed astronomers to pin down the correlation between a sun-like stars age and its lithium content.
Tala Wanda Monroe, also from the Universidade de São Paulo and another of the researchers, said: “We have found that HIP 102152 has very low levels of lithium.
“This demonstrates clearly for the first time that older solar twins do indeed have less lithium than our own Sun or younger solar twins.
“We can now be certain that stars somehow destroy their lithium as they age, and that the Sun's lithium content appears to be normal for its age.”
The researchers, whose findings are published in the journalAstrophysical Journal Letters, also found an unusual chemical signal that has not yet been found in other solar twins, but has in the sun.
Both HIP 102152 and our Sun contain low levels of elements that are locked up in meteorites and here on Earth. It suggests that HIP 102152 may also have rocky planets.
If this turns out to be the case, it could well reveal what awaits our own solar system in four billion years.

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