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sábado, 15 de junho de 2013

Tempestades solares

O risco de ocorrer uma tempestade solar catastrófica capaz de deixar vários países sem eletricidade por vários dias, ou mesmo meses, chegará ao nível máximo em 2015, diz um novo relatório.


O estudo, uma parceria entre os pesquisadores da Lloyd's deLondres e da Atmospheric and Environmental Research (AER) nos EUA, detalha um cenário distópico onde uma escassez de transformadores de energia elétrica deixaria as nações do Ocidente sem eletricidade durante meses, devido ao tempo necessário para produzir os substitutos.
Tempestades solares ocorrem quando campos magnéticos  "saem em forma de laço" de manchas solares, liberando enormes quantidade de energia. Essas explosões de "plasma", um gás  superaquecido e eletricamente carregado, poderia entrar no campo magnético da Terra e acabar avariando redes dependentes de eletricidade no solo.
Grandes aumentos cargas de eletricidade fluindo inesperadamente por linhas telefônicas, redes de transmissão de eletricidade e de transporte acabariam sobrecarregando-as, o que resultaria em interrupções de energia generalizadas.
O custo total atual de uma situação assim na Europa e América do Norte é calculado pelo Lloyd's em US$ 2,6 trilhões de dólares para um período de cinco meses de blecaute, embora possa ser menor, cerca de US$ 0,50 trilhão.
Segundo o relatório a Terra já deveria ter passado por um evento assim, que é normalmente esperado a cada 150 anos.
"Registros históricos de auroras sugerem um período de retorno de... 150 anos para tempestades muito intensas," diz, acrescentando que "O risco de uma tempestade geomagnética tem seu pico projetado para o começo de 2015".
Dados sobre manchas solares, atividade magnética extrema na superfície do Sol, que pode causar tempestades solares, remontam a 1775. Esta data é considerada o começo do primeiro dos ciclos solares de 11 anos da Terra". Atualmente, a Terra está se aproximando do pico do 24º ciclo.
O modelo usado para simular os efeitos de uma tempestade solar extrema é o chamado "Evento Carrington" de 1859.
Em agosto daquele ano, segundo relatos, uma tempestade solar destruiu cabos telegráficos na América do Norte e Europa, dando choques elétricos nos  operadores e derrubando a rede telegráfica até a Austrália e Ásia por dois dias. Entretanto, esta era uma época diferente da atual, na qual todos os aspectos da vida nas nações ocidentais depende da eletricidade.
Conforme o relatório, "A duração dessas interrupções irá depender muito da disponibilidade de transformadores de reserva para substituição.
"Se novos transformadores tiverem de ser encomendados, o tempo de espera será provavelmente de, no mínimo, cinco meses."
Neil Smith, gerente de pesquisas do Lloyd's de Londres, explica: "Eles são muito limitados em termos de quantidade de substituições e fabricar novos transformadores leva muito tempo, podendo chegar a quase dois anos.
"Esses equipamentos são enormes.Produzi-los e transportá-los também é trabalhoso.
"Isso poderia levar semanas, ou mesmo anos, no caso de uma tempestade realmente forte.
Distúrbios sociais disseminados poderiam ocorrer quando cidadãos passassem a disputar recursos. "poderia ser algo realmente assustador," completou.
No caso de ocorrer uma tempestade solar, os sistemas de controle de voo parariam de funcionar, impedindo frotas inteiras de decolar. Satélites que suprem as redes de telecomunicações mundiais seriam desligados, e se uma quantidade suficientemente grande de geradores fosse prejudicada, escolas teriam de fechar, e hospitais e pacientes dependentes de equipamentos elétricos correriam riscos.

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