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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Tinta de grafeno



Cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, utilizaram pastilhas de grafeno,  material que rendeu a seus descobridores um Prêmio Nobel, com finas camadas de outros  materiais para produzir superfícies energizadas por luz solar.
Essas superfícies, flexíveis e finas como papel, têm a capacidade de absorver a luz solar  para gerar eletricidade de maneira tão competitiva quanto a dos atuais painéis solares fotovoltaicos.
Com elas, pode-se criar uma espécie de "camada" ou revestimento externo aos edifícios para gerar energia suficiente para os equipamentos em seu interior, ao mesmo tempo em que executam outras funções, como a capacidade de mudar de cor.
Os pesquisadores esperam agora  desenvolver melhor a tecnologia, produzindo uma espécie de tinta que pode ser usada no exterior de edificações.
Além disso, os cientistas dizem que o novo material poderia também permitir a criação de uma geração de dispositivos portáteis ultrafinos, como telefones celulares, que podem ser alimentados por luz solar.
O professor Kostya Novoselov, um dos ganhadores do Nobel que descobriram o grafeno, um tipo de carbono que forma folhas com a espessura de apenas um átomo, disse: “Nós estamos tentando ir além do grafeno, combinando-o a outros materiais da espessura de um átomo.
“O que fizemos foi pôr diferentes camadas desses materiais uma sobre a outra, e  temos agora um novo tipo de material com um conjunto de propriedades sem igual.
“É como um livro – uma  página contém algumas informações, mas o conjunto do livro representa muito mais.
“Nós demonstramos que podemos produzir um dispositivo fotovoltaico muito  eficiente. O fato é que ele é flexível, e nós acreditamos que vamos tornar seu uso mais fácil.
“Em nosso próximo trabalho, iremos desenvolver tintas que utilizam este material, porém isso irá levar mais algum tempo.”
O grafeno foi descoberto em 2004, por Andrew Geim e o professor Novoselov, ganhadores do Nobel de Física de 2010 por terem demonstrado suas notáveis propriedade – mais duro que o diamante, transparente, e condutor de eletricidade, com a espessura de apenas um átomo.
Novoselov e seus colegas da Universidade de Cingapura descobriram que, se combinassem camadas de grafeno a camadas de um átomo de espessura de um  material conhecido como metal de transição dichalcogenides, que reage à luz, poderiam gerar eletricidade.
“Podemos fazer sanduíches de materiais com qualquer tipo de funcionalidade, que nos permitirão pôr transístores e células fotovoltaicas para  produzir energia para eles.
“O uso prático irá muito além de simples células alimentadas por energia  solar.”

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