O grupo anti-segredos WikiLeaks começou a publicar segunda-feira mais de cinco milhões de emails de uma companhia de análise de segurança global sediada nos Estados Unidos, que foi comparada a uma CIA não oficial, secreta.
Os emails, capturados por hackers, poderão revelar fontes sensíveis e jogar alguma luz sobre as sombrias atividades de coleta de informações realizadas pela companhia, conhecida como Stratfor, que tem entre seus clientes as empresas listadas entres as 500 maiores da revista Fortune 500.
Em uma declaração, a Stratfor disse que a divulgação de seus emails furtados in a era uma tentativa de silenciá-la e intimidá-la.
Disse também que, sob a liderança de George Friedman,
fundador da Stratfor e seu presidente, não se deixaria intimidar. E que Friedman não renunciou ao cargo de presidente, ao contrário do que diz um falso email que circula na internet.
Alguns dos emails que estão sendo publicados "podem ser forjados ou ter sido alterados para a inclusão de informações inexatas; outros podem ser autênticos," disse a companhia em um pronunciamento.
O WikiLeaks, obviamente, não informou como obteve acesso ao vasto butim de correspondências internas e externa da empresa de Austin, Texas, formalmente conhecida como Strategic Forecasting Inc.
Julian Assange disse: "temos aqui uma firma de inteligência privada, dependente de informantes no governo americano, agências de inteligência estrangeiras que reputação duvidosa, e jornalistas."
"O que e latamente preocupante, e grave, é que os alvos dessa espionagem são, entre outros, organizações ativistas que lutam por causas justas."
O WikiLeaks disse que seus outros parceiros na mídia são os jornais italianos L'Espresso e La Repubblica, a emissora estatal alemã NDR/ARD e a Russia Reporter.
The group gave a sneak preview of the emails to The Yes Men, an activist group that targets what it views as corporate greed.
Os emails da Stratfor contêm um discussão detalhada para desclassificar um protesto contra a maneira como a Dow Chemical Co lidou com o desastre químico em Bhopal, na Índia, segundo Andy Bichlbaum, um dos The Yes Men.
"O que é significativo é isso permite ver como as companhias operam," disse Bichlbaum. "Elas trabalham ignorando totalmente as leis e a decência."
Após a invasão dos computadores da Stratfor ao menos duas vezes em dezembro, os detalhes dos cartões de crédito de mais de 30.000 assinantes das publicações da Stratfor foram postado na internet, inclusive os do ex-secretário de estado americano Henry Kissinger e do ex-vice-presidente Dan Quayle.
O australiano Assange, 40, está atualmente em prisão domiciliar na Grâ-Bretanha, lutando contra sua extradição para a Suécia, onde é acusado de ter cometido "crimes sexuais".
Pois a censura é algo odioso e ingrato: Assange está detido, mas informações "sensíveis" continuam sendo divulgadas.
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