Ao menos 20 pessoas foram presas nesta quarta-feira, 29, entre elas Carlos augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, um dos chefes da quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis em cinco estados. As prisões aconteceram durante a Operação Monte Carlo, desencadeada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, com auxílio da Receita Federal.
Os agentes estão cumprindo 35 mandados de prisão, 37 de busca e
apreensão, além de dez ordens de condução coercitiva (para tomada de
depoimento), nos estados de Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Tocantins e
Espírito Santo e no Distrito Federal.
O grupo, segundo a PF, operava há mais de 17 anos com a conivência de
algumas autoridades de segurança pública, em pontos em Goiânia e
Valparaíso de Goiás, e contavam com a ajuda de agentes de segurança
pública, que atuavam mediante o pagamento de propina. Eles davam suporte
ao funcionamento das casas do grupo, seja não realizando ações
interventivas, seja comunicando os criminosos sobre trabalhos dos órgãos
de persecução no enfrentamento à organização, especialmente para que as
casas e máquinas caça-níqueis fossem transferidas de local.
Os responsáveis pela operação informaram que em um dos livros de
contabilidade havia dados de pagamento de propina e que um soldado
chegava a ganhar R$ 200 por dia de trabalho para a quadrilha e recebia
ainda a gasolina para fazer a ronda. Segundo a Agência Brasil, eles
também informaram que o valor da propina variava de acordo com o cargo
da pessoa. Um delegado da Polícia Civil chegava a receber R$ 4 mil por
mês.
Durante a investigação, que durou cerca de 15 meses, foram
identificados como integrantes do grupo criminoso infiltrados na área de
segurança pública dois delegados de Polícia Federal de Goiânia, seis
delegados da Polícia Civil de Goiás, três tenentes-coronéis, um capitão,
uma major, dois sargentos, quatro cabos e 18 soldados da Polícia
Militar de Goiás, um auxiliar administrativo da Polícia Federal em
Brasília, um policial rodoviário federal, um agente da polícia civil de
Goiás e um agente da polícia civil de Brasília, um sargento da Polícia
Militar de Brasília, um servidor da Polícia Civil de Goiás, um servidor
da Justiça Estadual de Valparaíso de Goiás.
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