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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

As cores da Amazônia






Imagem aérea da floresta tropical da Amazônia obtida por Greg Asner e sua equipe.


Cinco mil metros acima do trecho de maior biodiversidade da Amazônia, o ecologista tropical Greg Asner e sua equipe veem um caleidoscópio de cores em meio a muito verde.


Amontoados a bordo de um avião bimotor Dornier 228 chamado Observatório Aerotransportado Carnegie, os cientistas  registram imagens multicoloridas da cobertura vegetal da floresta tropical peruana que beiram o psicodélico.

A bordo do avião, uma máquina chamada Lidar (Light Detection and Ranging) lança um feixe de raios laser beam sobre a cobertura da floresta à razão de 400.000 vezes por segundo – e o resultado é um mapa tridimensional da floresta com detalhes inéditos.

Além disso, um espectrômetro, mantido à  temperatura de -131ºC, avalia a biodiversidade da selva em cores vivas ao registrar as propriedades químicas e ópticas da cobertura da floresta. A equipe tem capacidade de varrer 360 km² por hora.

A pesquisa está sendo feita para o Departamento de Ecologia da Instituição Carnegie para a Ciência, sediada na Universidade de Stanford, na Califórnia.

Além de avaliar como o ecossistema da floresta está reagindo à seca de 2010 – a pior de que se tem notícia – a tecnologia monitora com precisão o desmatamento e a degradação da região, e revelou a presença de níveis inesperados de biodiversidade na alta floresta, na parte da bacia Amazônica na borda dos Andes.

Os dados poderão ser fundamentais para o programa Redd da ONU (Redução de  Emissões causadas por Desmatamento e Degradação da Floresta), que será a maior fonte de financiamento para a protção da floresta tropical do planeta.

O programa se destina a compensar os países tropicais pela redução do desmatamento e da degradação de suas florestas.


Além de a pesquisa mostrar que os locais mais inacessíveis da região da Amazônia Peruana abrigam um incrível manancial de  biodiversidade, constatou um aumento substancial nas atividades de mineração iilegal de ouro na região de Madre de Dios desde o mapeamento realizado em 2009, o que constitui a maior causa do desmatamento da região – uma área que se calcula superior a 100 km².


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