Luiz Leitão
A maneira desabusada como alguns homens públicos têm se dirigido à presidente da República ilustra melhor que as copiosas denúncias de corrupção, não só o nível rasteiro em que está a política brasileira, mas também o acanhamento de Dilma Rosseff para fazer valer a máxima "respeito é bom e eu gosto".
Não se trata, evidentemente, de bater boca com um desbocado, mas de chamar às falas o presidente do partido, senador Francisco Dornelles (RJ), ou, melhor ainda, exigir providências do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já que se está diante de um clamoroso caso de quebra de decoro parlamentar.
Se a presidente não se faz respeitar, se denota acanhamento no uso da caneta presidencial para enxotar quem não está, nem de longe, à altura do cargo, acabará por perder o apreço da substancial parcela dos que hoje aprovam seu governo.
Uma atuação que destoa daquele epíteto que Dilma chegou a envergar quando era ainda ministra de seu antecessor e mentor, quando chegou a ser chamada de "Dama de Ferro".
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