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sábado, 3 de setembro de 2011

CIA e o M16 cooperaram com ditador líbio / CIA and M16 straightly cooperated with Lybian regime

 

A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) colaborou estreitamente com os serviços de inteligência do ditador líbio Muammar Gaddafi no interrogatório de suspeitos de terrorismo, Abdel-Hakim Belhaj, o comandante dos rebeldes em Tripoli, segundo documentos encontrados nessa cidade.

Os documentos, encontrados nos escritórios do ex-chefe de inteligência líbio Musa Kusa, também revelam que o serviço secreto britânico MI6 deu ao regime de Gaddafi informações sobre dissidentes líbios residentes no Reino Unido.

Os arquivos, descobertos pelo Human Rights Watch, dão detalhes do estreito relacionamento entre serviços de inteligência ocidentais, como o inglês MI6 e a americana CIA, e o regime do tirano deposto.

Dois documentos de março de 2004 aparentam ser correspondência americana com oficiais líbios para tratar do interrogatório de Belhaj, o ex-líder do Grupo Islâmico Líbio de Lutas, um grupo hoje dissolvido de militantes ligados à al-Qaida.

Referindo-se a ele por seu nome de guerra, Abdullah al-Sadiq, os documentos dizem que ele será levado de avião de Kuala Lumpur, Malásia, à Líbia, e solicita a agentes do governo líbio que o acompanhem. Eles também pedem "acesso dos EUA a al-Sadiq para o propósito de interrogá-lo, já que ele está sob sua custódia".


Belhaj disse ter sido torturado por agentes da CIA - e o passado a condena, quando se traz à memória os casos de waterboarding (afogamento) que os espiões americanos comprovadamente fizeram, e foram abjetamente perdoados por Barack Obama - em uma prisão secreta antes de ser levado de volta à Líbia.

"Por favor, fiquem avisados que nós devemos ter assegurado que al-Sadiq será tratado com humanidade e que seus direitos humanos serão respeitados," afirma o documento.

Peter Bouckaert, diretor de emergências do Human Rights Watch, chamos os laços entre Washington e o regime de Gaddafi "um capítulo obscuro na história da inteligência  americana, e permanece como uma mancha na memória dos serviços americanos de inteligência eles terem cooperados com esses tão abusivos serviços de inteligência".


Jennifer Youngblood, porta-voz da CIA, declinou de comentar a respeito de quaisquer alegações específicas relacionadas aos documentos.


Ela disse: "Não deve ser surpresa que a CIA trabalha com governos estrangeuiros para ajudar a proteger nosso país do terrorismo e outras ameças mortais. Isso é exatamente o que se espera que nós façamos."


Os documentos referentes ao MI6 contêm comunicações entre os serviços de segurança britânico e líbio antes do encontro do ex-premiê Tony Blair numa tenda no deserto com Gaddafi em 2004. Diz-se que oficiais britânicos teriam auxiliado o ditador líbio na redação de seu discurso.


O secretário de assuntos exteriores, William Hague, disse à Sky News nada ter a  comentar sobre questões de inteligência.

Mas acrescentou: "Sobre essas aparentes revelações, antes de mais nada, elas dizem respeito ao período sob o governo anterior (Bush), então eu não tenho conhecimento delas, do que ocorreu no bastidor àquela época." Como se os governos que se sucedem não devessem fazer os autores de desmandos sob outra administração responderem por seus atos, exatamente como faz o Congresso Nacional  em Brasília com parlamentares acusados de malfeitorias antes de se elegerem.


Os documentos vieram à tona quando o Ministério da Defesa (MoD) revelou que forças britânicas haviam, até então, atingido mais de 900 alvos na campanha da OTAN para proteger civis líbios do regime de Gaddafi.


Os últimos ataques ocorreram quando patrulhas armadas de reconhecimento ao redor de edifícios em Bani Walid, onde rebeldes acreditaram que Gaddafi poderia estar escondido.


Entre os 910 alvos danificados ou destruídos desde o início das operações, em março, havia quarteis-generais da polícia secreta e bunkers de comando, disse o Ministério da Defesa.


 
The CIA worked closely with Muammar Gaddafi's intelligence services in the rendition of terrorist suspects including Abdel-Hakim Belhaj, the rebel commander in Tripoli, according to documents found in Tripoli.


The documents, found in the offices of the former head of Libyan intelligence Musa Kusa, also show that MI6 gave Gaddafi's regime information on Libyan dissidents living in the UK.


The files, uncovered by Human Rights Watch, provide details of the close relationship between western intelligence services, including MI6 and the CIA, and the ousted dictator's regime.


Two documents from March 2004 appear to be American correspondence to Libyan officials to arrange the rendition of Belhaj, the former leader of the Libyan Islamic Fighting Group, a now-dissolved militant group with links to al-Qaida.


Referring to him by his nom de guerre, Abdullah al-Sadiq, the documents say he will be flown from Kuala Lumpur, Malaysia, to Libya, and asks for Libyan government agents to accompany him. They also request US "access to al-Sadiq for debriefing purposes once he is in your custody".


Belhaj has said he was tortured by CIA agents at a secret prison before being returned to Libya.
"Please be advised that we must be assured that al-Sadiq will be treated humanely and that his human rights will be respected," the document states.


Peter Bouckaert, the emergencies director of Human Rights Watch, called the ties between Washington and Gaddafi's regime "a very dark chapter in American intelligence history, and it remains a stain on the record of the American intelligence services that they cooperated with these very abusive intelligence services".


Jennifer Youngblood, a CIA spokeswoman, declined to comment on any specific allegation related to the documents.


She said: "It can't come as a surprise that the Central Intelligence Agency works with foreign governments to help protect our country from terrorism and other deadly threats. That is exactly what we are expected to do."


The documents referring to MI6 contain communications between British and Libyan security services before the former prime minister Tony Blair's desert tent meeting with Gaddafi in 2004. British officials are said to have helped the Libyan dictator with his speechwriting.


The foreign Secretary, William Hague, told Sky News the had no comment to make on intelligence matters.
But he added: "On the subject of these apparent disclosures, first of all they relate to a period under the previous government so I have no knowledge of those, of what was happening behind the scenes at that time."


The documents emerged as the Ministry of Defence (MoD) disclosed that British forces have so far hit more than 900 targets in the Nato campaign to protect Libyan civilians from the Gaddafi regime.


The latest strikes came during armed reconnaissance patrols around buildings in Bani Walid, where rebels believed Gaddafi may have been hiding.


Among the 910 targets damaged or destroyed since operations began in March were secret police headquarters and command bunkers, the MoD said.

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