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domingo, 31 de julho de 2011

7 billion people / Sete bilhões de pessoas


Rush hour Shanghai







Sete bilhões de habitantes
Com a expectativa de a população mundial ultrapassar os sete bilhões este ano, o tamanho do impacto no meio ambiente é difícil de ignorar.
Foto: Hora do rush em Xangai – Os 13,4 bilhões de habitantes da China estão causando um crescente impacto ambiental – e, sejamos honestos,  os dos demais países, inclusive o Brasil, também.
Demógrafos  fizeram piada com a tragédia, dizendo os que trabalham para a ONU que população mundial deverá atingir os 7 bilhões no dia do Halloween deste ano (31 de outubro). Como censos e outras pesquisas dificilmente justificariam tão preciso cálculo, é tentador imaginar que Divisão de População da ONU, o centro de dados que apontou o Dia dos Sete Bilhões, está sugerindo que nós devemos ter medo, muito medo.
Temos razões para isso. O século 21ainda não tem doze anos de existência, e já há um bilhão a mais de pessoas do que em outubro de 1999 —  com a perspectiva de os suprimentos futuros de energia e alimentos (que também são energia) se tornando mais sombrias do que o foram por décadas. A humanidade levou todo o século 19 para alcançar seu primeiro bilhão de pessoas; depois mais 1,5 bilhão foram acrescidos no século e meio seguinte. Somente nos últimos 60 anos a população mundial ganhou outros  4,5 bilhões, o que é escandalosamente alarmante. Nunca antes tantos animais de uma só espécie do tamanho da nossa habitaram o planeta.
E essa espécie interage com suas circunvizinhanças muito mais intensamente do que quaisquer outras. O planeta Terra se tornou o Planeta Humanidade, já que cooptamos ciclos de carbono, água, e nitrogênio de maneira tão completa à qual nenhuma outra força se compara. Pela primeira vez na vida há história em mais de três bilhões de anos, uma forma de vida — a nossa — condena à extinção proporções significativas de plantas e animais que são nossa única companhia no universo - até onde a ciência sabe.
Alguém alguma vez observou que tais impactos não resultam de nossa grande população, mas de nosso exagerado e desnecessário consumo?
Provavelmente, pois essa assertiva aparece constantemente em várias publicações, livros, e na blogosfera. É como se um texto sobre geometria fosse a proposição do axioma que não é o comprimento que determina  a área de um retângulo, mas a largura. Acaso nos preocuparíamos com o nosso consumo individual de energia e recursos naturais se a humanidade ainda tivesse a população estável de quase 300 milhões de pessoas — menos que a população atual dos Estados Unidos — que a espécie manteve por todo o primeiro milênio da atual era?
É exatamente devido ao exagerado tamanho de nossa população e seu rápido crescimento que nós devemos nos acautelar mais ainda a cada geração (20-25 anos) sobre quantos indivíduos temos fora de sincronia com a tão apregoada sustentabilidade ambiental. Nossa dieta, nossos meios de transporte, e nossa insistência em manter as temperaturas interiores próximas a 21 graus Celsius, a chamada temperatura de conforto, não importando o que ocorre do lado de fora — nada disso nos torna um povo medonho. É apenas que, coletivamente, tais comportamentos estão deslocando os sistemas planetários básicos para zonas de perigo.
O branqueamento dos corais, a acidificação dos mares, a desertificação na África, China e algures. Fatores importantíssimos, que aparecem diariamente nos jornais, mas é como se a humanidade estivesse anestesiada – ou por demais presa a vícios de consumo – para levar tudo isso realmente a sério.
Mais um argumento frequentemente utilizado para defender o aumento populacional é afirmação que todos nós caberíamos na cidade de Los Angeles, Califórnia, com espaço para mexer nossos ombros. A ideia pode ser confortadora para alguns. Mas espaço, é claro, nunca foi a questão. O impacto de nossas necessidades, ambições e desejos é que o são. Nós deveríamos lamentar — e lidar ativamente — com a  iniquidade generalizada que caracteriza o consumo individual mundo afora.
Mas nós deveríamos também reconhecer que o aumento ao longo de décadas  de boa parte do tempo de vida das pessoas,  a maioria de nós com tendência a consumir uma quantidade razoável, não obstante onde e como vivamos; nenhum ser humano, não importa quão pobre, pode  deixar de interagir com o meio ambiente, uma razão pela qual a população importa tanto. E dada a escala do sistema econômico global e o desenvolvimento otimisticamente antecipado em todas as regiões do mundo, cada um de nós tem uma tendência a consumir mais do que a duração do tempo de vida. Um pai de sete crianças pobres pode vir a ser avô de  10 a 15 muito mais afluentes subindo a escada de consumo da classe média.
Esta, na verdade, é a história da China, frequentemente vista não como um exemplo do impacto da população no meio ambiente, mas da rápida industrialização em si, apenas. Ainda que esse país, tendo crescido demograficamente por milênios, abrigue 1,34 bilhão de pessoas.
Uma razão pela qual o crescimento de populações de consumo ainda baixo é perigoso é que a explosão do consume per capita historicamente se seguiu a décadas de rápido crescimento demográfico que ocorreu enquanto as taxas de consumo per capita eram baixas. Exemplos incluem os Estados Unidos nos séculos 19 e 20, a China na virada do século 21, e a Índia, possivelmente na próxima década.
Mais imediatamente preocupado com a perspectiva ambiental, é claro, os Estados Unidos e o mundo industrializado como um todo ainda têm populações em crescimento, apesar dos recentes declínios nas taxas de crescimento, enquanto já convivendo com um decréscimo no consumo per capita.
Muitos dos impactos desta ubíqua multiplicação do consumo per capita dos recursos pelo número de indivíduos estão agora bem documentados. A humanidade começou a saturar a atmosfera com gases do efeito estufa pouco depois do início da Revolução Industrial, um processo que se acelerou com o crescimento populacional e do consumo no século 20.
A água fresca é agora compartilhada tão escassamente que os projetos do Programa do Meio Ambiente da ONU (UNEP) contemplam a previsão de que em apenas 14 anos dois terços da população mundial estará vivendo em países que enfrentam escassez de água, ou dificuldade em obtê-la.
Metade das florestas originais do mundo foram derrubadas para uso humano da terra, e o UNEP alerta que os peixes do planeta estarão efetivamente esgotados na metade deste século.
A área mundial de terras cultivadas se expandiu em cerca de 13 por cento, desde o início de sua medição, em 1961, mas a duplicação da população mundial desde então significa que cada um de nós só pode contar com a metade de terras com que contava em 1961 para  produzir o alimento que consumimos.
Pelo resto da vida na terra, as implicações disso tudo são óbvias. Aonde nós formos a natureza recuará. Estamos entrando em uma época que os cientistas começaram a chamar o Antropoceno, uma ruptura com o passado geológico, marcada pela alteração de longo prazo do mundo natural da humanidade e sua biota. Nós estamos inadvertidamente causando a sexta extinção em massa não apenas porque nosso apetite é grande e nossas tecnologias poderosas, mas porque ocupamos ou manipulamos a maior parte da terra em todos os continentes, à exceção (por ora) da Antártica. Nós nos apropriamos onde quer que seja de entre 24 por cento a cerca de 40 por cento da produção fossintética do planeta para nossos alimentos (e agora combustíveis, também) e outros propósitos, e de mais da metade de suas fontes renováveis de água fresca acessíveis.
Considerando esses fatos, é duramente surpreendente que a conservação da natureza enfrente uma batalha global ladeira acima, e em todas as nações, enquanto conceitos ambiciosos como a criação de corredores de natureza para ajudar as espécies a escapar da devastação causada pelo desenvolvimento e mudanças climáticas proliferam a despeito de sua impraticabilidade em um mundo de crescentes impactos causados pelo crescimento humano.
Então, devemos recear o dia em que nascer o sétimo bilionésimo ser humano, especialmente considerando que os demógrafos da ONU estão agora projetando algo entre 6,2 bilhões e 15,8 bilhões de pessoas no final do século? Temor não é particularmente uma resposta produtiva — coragem e a determinação de agir em  face do risco são a resposta. E nesse caso, há tanto a ser feito para curar e sustentar um mundo de sete bilhões de seres humanos respirantes que a covardia não seria apenas fatalista, mas estúpida.
Agir significa fazer várias coisas diferentes agora mesmo. Não podemos parar o crescimento de nossos números de nenhuma maneira aceitável imediatamente. Mas podemos criar condições que apoiarão um rápido fim do crescimento, possivelmente fazendo deste ano o último com a marca de mais um bilhão na população mundial. Podemos aumentar a autonomia das mulheres para tomar decisões de mudanças em suas vidas. Podemos baixas as taxas de nascimentos assegurando às mulheres que engravidem apenas quando elas próprias decidirem ter uma criança.
Simultaneamente, necessitamos de uma rápida transformação no consumo de energia, água, e materiais através da conservação, eficiência, e tecnologias (realmente) verdes. Não devemos pensar nessas coisas como uma sequência de esforços — lidar com o consume primeiro, porque a dinâmica da população demora a mudar — mas como frentes de trabalho simultâneas ou múltiplas. Seria ingênuo acreditar que alcançaremos a tal sustentabilidade lutando contra tecnologias em constante mudança e estilos de vida enquanto a população humana cresce indefinidamente e as pessoas se esforçam para viver tão confortavelmente quanto os americanos.
Nem devemos nos confortar com a ilusão de que o crescimento populacional logo esteja realmente num caminho descendente. Demógrafos não podem mais nos dizer quando isso ocorrerá (ou através de qual combinação de menores taxas de nascimento ou taxas de mortalidade mais altas) do que os economistas podem prever qual robusta será a retomada do crescimento global. Ambos os grupos de especialistas estão sendo ridicularizados pelas várias surpresas que o futuro guarda no bolso do colete.
Mais do que (tentar) prever o futuro, nós devemos trabalhar para assegurá-lo. Mais de duas em cinco gravidezes em todo o mundo são indesejadas e não pretendidas pelas mulheres que as contraem, e metade ou mais dessas gravidezes resultam em nascimentos que induzem o crescimento contínuo da população. Há claramente um vasto potencial para reduzir esse crescimento através de algo que as mulheres querem e de que necessitam: a capacidade de decide por elas mesmas quando engravidar. Se todas essas mulheres tivessem essa capacidade, dados de pesquisas asseguram, a média global de nascimento de crianças cairia imediatamente abaixo do valor de "fertilidade de reposição" valor pouco acima de duas crianças por mulher. A população iria imediatamente tomar um curso que levaria a um pico seguido de um declínio gradual decline, possivelmente bem antes de 2050.
Apesar das óbvias barreiras aos direitos das mulheres no mundo hodierno, tal visão se baseia em um conjunto de condições simples e alcançáveis: As mulheres devem poder fazer suas escolhas livres de medo, coação ou pressões dos parceiros, família e sociedade. Elas não devem depender de uma maternidade abundante para obter aprovação social e autoestima. E elas devem ter fácil acesso a uma gama de métodos contraceptivos seguros, eficazes, e baratos, e às informações e aconselhamento necessários para usá-los.
Para os que se importam com o meio ambiente, o future da civilização humana, ou ambos, o Dia dos Sete Bilhões deveria nos estimular a enfrentar e tratar os ricos do contínuo crescimento populacional. Pela simples escalada nossa presença e atividades nós estamos colocando em risco nós mesmos e todos os tipos de vida.
Nenhum ser humano tem o direito de consumir para sempre mais do que qualquer outro. Ainda que nós pudéssemos de alguma maneira reduzir lacuna do consume global, a importâncias dos nossos números seria ainda mais óbvia do que os limites dos sistemas naturais que ultrapassamos.
Isso mal reduz a importância de diminuir ambos, consumo e desigualdade para comemorar o fato de que o crescimento populacional pode ser refreado sem a necessidade de políticas que restrinjam nascimentos, sem coerção de qualquer tipo, sem o julgamento daqueles que decidem ter grandes famílias. Não estamos longe de um mundo no qual o número de nascimentos praticamente se equilibre com as taxas de mortalidade, baseado em gravidezes universalmente bem vindas, desejadas, pelas mulheres e seus parceiros.
A transição para este mundo pode não ser totalmente indolor. Nações terão de se ajustar a taxas crescentes de idade da população enquanto caem as de nascimento. Na China e na Índia, famílias menores  poderão contribuir para proporções artificialmente altas de bebês meninos, com possíveis riscos de futura instabilidade social.
Mas esses problemas são do tipo com que as sociedades e instituições geralmente lidam bem. Estancar as mudanças climáticas, reduzir a escassez de água, ou manter a integridade dos ecossistemas, em contraste, ainda não parecem fazer parte do nosso conjunto de habilidades.
Trabalhar agora para estancar o crescimento populacional através de nascimentos planejados, intencionais, não resolverá tais problemas por si só, mas ajudarão — e muito. E esse esforço, baseado em direitos humanos e a dignidade e liberdade das mulheres que têm filhos no mundo, é do interesse de todos os que se preocupam com um meio ambiente realmente  sustentável e o futuro da humanidade.
What a population of 7 billion people means for the planet
With global population expected to surpass 7 billion people this year, the staggering impact on the environment is hard to ignore.



Rush hour in Shangai - China's 1.34bn people are having an increasingly large environmental impact.
Demographers aren't known for their sense of humor, but the ones who work for the United Nations recently announced that the world's human population will hit 7 billion on Halloween this year. Since censuses and other surveys can scarcely justify such a precise calculation, it's tempting to imagine that the UN Population Division, the data shop that pinpointed the Day of 7 Billion, is hinting that we should all be afraid, be very afraid.


We have reason to be. The 21st century is not yet a dozen years old, and there are already 1 billion more people than in October 1999 — with the outlook for future energy and food supplies looking bleaker than it has for decades. It took humanity until the early 19th century to gain its first billion people; then another 1.5 billion followed over the next century and a half. In just the last 60 years the world's population has gained yet another 4.5 billion. Never before have so many animals of one species anything like our size inhabited the planet.


And this species interacts with its surroundings far more intensely than any other ever has. Planet Earth has become Planet Humanity, as we co-opt its carbon, water, and nitrogen cycles so completely that no other force can compare. For the first time in life's 3-billion-plus-year history, one form of life — ours — condemns to extinction significant proportions of the plants and animals that are our only known companions in the universe.


Did someone just remark that these impacts don't stem from our population, but from our consumption? Probably, as this assertion emerges often from journals, books, and the blogosphere. It's as though a geometry text were to propound the axiom that it is not length that determines the area of a rectangle, but width. Would we worry about our individual consumption of energy and natural resources if humanity still had the stable population of roughly 300 million people — less than today's U.S. number — that the species maintained throughout the first millennium of the current era?


It is precisely because our population is so large and growing so fast that we must care, ever more with each generation, how much we as individuals are out of sync with environmental sustainability. Our diets, our modes of moving, and our urge to keep interior temperatures close to 70 degrees Fahrenheit no matter what is happening outside — none of these make us awful people. It's just that collectively, these behaviors are moving basic planetary systems into danger zones.


Yet another argument often advanced to wave off population is the assertion that all of us could fit into Los Angeles with room to wiggle our shoulders. The image may comfort some. But space, of course, has never been the issue. The impacts of our needs, greeds, and wants are. We should bemoan — and aggressively address — the gross inequity that characterizes individual consumption around the world. But we should also acknowledge that over the decades-long span of most human lifetimes, most of us are likely to consume a fair amount, regardless of where and how we live; no human being, no matter how poor, can escape interacting with the environment, which is one reason population matters so much.

And given the global economic system and the development optimistically anticipated in all regions of the world, we each have a tendency to consume more as that lifetime proceeds. A parent of seven poor children may be the grandparent of 10 to 15 much more affluent ones climbing up the ladder of middle-class consumption.
This, in fact, is the story of China, often seen not as an example of population's impact on the environment but that of rapid industrialization alone. Yet this one country, having grown demographically for millennia, is home to 1.34 billion people.

One reason the growth even of low-consuming populations is hazardous is that bursts of per-capita consumption have typically followed decades of rapid demographic growth that occurred while per-capita consumption rates were low. Examples include the United States in the 19th and 20th centuries, China at the turn of the 21st, and India possibly in the coming decade. More immediately worrisome from an environmental perspective, of course, is that the United States and the industrialized world as a whole still have growing populations, despite recent slowdowns in the growth rate, while already living high up on the per-capita consumption ladder.


Many of the impacts of this ubiquitous multiplication of per-capita resource consumption by the number of individuals are by now well documented. Humanity started to overwhelm the atmosphere with greenhouse gases not long after the Industrial Revolution began, a process that accelerated along with population and consumption growth in the 20th century.

Fresh water is now shared so thinly that the United Nations Environment Program (UNEP) projects that in just 14 years two thirds of the world's population will be living in countries facing water scarcity or stress. Half of the world's original forests have been cleared for human land use, and UNEP warns that the world's fisheries will be effectively depleted by mid-century. The world's area of cultivated land has expanded by about 13 percent since its measurement began in 1961, but the doubling of world population since then means that each of us can count on just half as much land as in 1961 to produce the food we eat.


For the rest of life on Earth, the implications of all this are obvious. Where we go, nature retreats. We are entering an epoch scientists have begun calling the Anthropocene, a break with the geologic past marked by humanity's long-term alteration of the natural world and its biota.

We are inadvertently bringing on the sixth mass extinction not just because our appetites are vast and our technologies powerful, but because we occupy or manipulate most of the land in every continent except Antarctica. We appropriate anywhere from 24 percent to nearly 40 percent of the photosynthetic output of the planet for our food and other purposes, and more than half of its accessible renewable freshwater runoff.


Given these facts, it's hardly surprising that wildlife conservation faces an uphill battle globally and in every nation, while ambitious concepts like the creation of wildlife corridors to help species escape the ravages of development and climate change proliferate despite their impracticality in a world of growing human impacts.

So should we be afraid on the day we gain a 7 billionth living human being, especially considering UN demographers are now projecting anywhere between 6.2 billion and 15.8 billion people at the end of the century? Fear is not a particularly productive response — courage and a determination to act in the face of risk are the answer. And in this case, there is so much to be done to heal and make sustainable a world of 7 billion breathing human beings that cowering would be not just fatalistic but stupid.


Action means doing a lot of different things right now. We can't stop the growth of our numbers in any acceptable way immediately. But we can put in place conditions that will support an early end to growth, possibly making this year's the last billion-population day we ever mark. We can elevate the autonomy of women to make life-changing decisions for themselves. We can lower birth rates by assuring that women become pregnant only when they themselves decide to bear a child.


Simultaneously, we need a swift transformation of energy, water, and materials consumption through conservation, efficiency, and green technologies. We shouldn't think of these as a sequence of efforts — dealing with consumption first, because population dynamics take time to turn around — but as simultaneous work on multiple fronts.

It would be naïve to believe we will arrive at sustainability by wrestling shifting technologies and lifestyles while human population grows indefinitely and most people strive to live as comfortably as Americans do. Nor should we take comfort in the illusion that population growth is already on a path to end soon. Demographers can no more tell us when that will happen (or through what combination of lower birth rates or higher death rates) than economists can predict when robust global economic growth will resume. Both expert groups are mocked by the many surprises the future holds in store.


Rather than forecast the future, we should work to secure it. More than two in five pregnancies worldwide are unintended by the women who experience them, and half or more of these pregnancies result in births that spur continued population growth. Clearly there is vast potential to slow that growth through something women want and need: the capacity to decide for themselves when to become pregnant. If all women had this capacity, survey data affirm, average global childbearing would immediately fall below the "replacement fertility" value of slightly more than two children per woman. Population would immediately move onto a path leading to a peak followed by a gradual decline, possibly well before 2050.


Despite the obvious barriers to women's rights in today's world, such a vision rests on a set of straightforward and achievable conditions: Women must be able to make their own decisions free from fear of coercion or pressure from partners, family, and society. They must not depend on prolific motherhood for social approval and self-esteem. And they must have easy access to a range of safe, effective, and affordable contraceptive methods and the information and counseling needed to use them.


For those who care about the environment, the future of human civilization, or both, the Day of 7 Billion should prod us to face and address the risks of continued population growth. By the sheer scale of our presence and activity we are putting ourselves and all life at risk. No human being has the right to consume forever more than any other. Yet if we could somehow close the global consumption gap, the importance of our numbers would be even more obvious as the limits of natural systems were crossed. It scarcely lessens the importance of reducing both consumption and inequity to celebrate the fact that population growth can end without policies that restrict births, without coercion of any kind, without judgments on those who choose large families. We are not far from a world in which the number of births roughly balances the number of deaths, based on pregnancies universally welcomed by women and their partners.


The transition to this world may not be entirely painless. Nations will have to adjust to rising average ages as birth rates descend further. In China and India, smaller families may contribute to artificially high ratios of baby boys, with possible risks to future social stability. But these problems are the kind that societies and institutions are generally good at handling.

Stopping climate change, reducing water scarcity, or keeping ecosystems intact, by contrast, don't yet seem to be in our skill set. Working now to bring population growth to an end through intentional childbearing won't solve such problems by itself, but it will help — a lot. And such an effort, based on human rights and the dignity and freedom of the world's childbearers, is in the interest of all who care about a truly sustainable environment and human future.

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