Após somente dois anos em órbita, o satélite GOCE da ESA (Agência Espacial Europeia) colheu dados suficientes ára mapear a gravidade da Terra com precisão inédita. Cientistas agora têm acesso ao mais preciso modelo de 'geoide' já produzido para melhor compreender como nossa Terra funciona.
O novo geoide foi divulgado no Quarto Workshop Internacional de Usuários do GOCE, realizado na Technische Universität München, em Munique, Alemanha. Representantes da mídia e cientistas de todo o mundo foram brindados com a melhor visão até agora da gravidade global.
O geoide é a superfície de um oceano global ideal na ausência de marés e correntes, formado apenas pela gravidade. É uma referência crucial para medir a criculação oceânica, alterações no nível dos mares e a dinâmica do gelo – tudo afetado pelas mudanças climáticas.
O professor Reiner Rummel, ex-chefe do Instituto para Geodésia Astronômica e Física da Technische Universität München, disse, "Nós vemos uma contínua corrente de excelentes dados de gradiometria do GOCE chegando. A cada novo ciclo de dois meses, nosso modelo GOCE de campo gravitacional se torna melhor e melhor. "Eles mostram que o GOCE nos fornecerá padrões de topografia e circulação dinâmica dos oceanos em detalhes, precisão, qualidade e resolução sem precedentes. Eu estou confiante que esses resultados irão ajudar a melhorar nossa compreensão da dinãmica dos oceanos do planeta."
Os participantes estão também discutindo como o geoide GOCE trará avanços nos estudos climáticos e oceãnicos, e melhorará nossa compreensão da estrutura interna da Terra.
Por exemplo, os dados gravitacioanis do GOCE estão ajudando a desenvolver a compreensão mais profunda dos processos que causam os terremotos, como o que devastou o japão recentemente. Como esse terremoto foi causado pelo movimento das placas tectônicas sob o oceano, o movimento não pode ser observado diretamente do espaço. No entanto, terremotos deixam assinaturas, marcas, nos dados gravitacionais, que poderiam ser utilizados para a compreensão dos processos que conduzem a esses desastres naturais e finalmente ajundando a prevê-los.
O satélite GOCE foi lançado em março de 2009 e coletou até agora mais de 12 meses de dados gravitacionais .
"Isso também significa que precisamos ter meios de continuar medindo a gravidade até o final de 2012, portanto dobrando o tempo de vida da missão e adicionando cada vez mais precisão ao geoide GOCE."
O GOCE conseguiu várias estreias na observação da Terra. Seu gradiômetro – seis acelerômetros de alta sensibilidade medindo a gradidade em 3D – é o primeiro no espaço.
Ele orbita à mais baixa altitude que qualquer outro satélite de observação para reunir os melhores dados da gravidade da Terra. O projeto deste lustroso satélite de uma tonelada é único.
Para completar, o GOCE usa um inovador motor de íons que gera mi´núsculas forças para compensar qualquer arrasto que o satélite possa enfrentar quando orbita através de detritos na atmosfera da Terra.
O professor Liebig acrescentou: "Poder-se-ia dizer que em sua concepção inicial o GOCE estava mais para ficção científica. Mas o GOCE demonstrou agora ser uma missão no estado-da-arte."
O professor Liebig acrescentou: "Poder-se-ia dizer que em sua concepção inicial o GOCE estava mais para ficção científica. Mas o GOCE demonstrou agora ser uma missão no estado-da-arte."
After just two years in orbit, ESA's GOCE satellite has gathered enough data to map Earth's gravity with unrivalled precision. Scientists now have access to the most accurate model of the 'geoid' ever produced to further our understanding of how Earth works.
The new geoid was unveiled today at the Fourth International GOCE User Workshop hosted at the Technische Universität München in Munich, Germany. Media representatives and scientists from around the world have been treated to the best view yet of global gravity.
The geoid is the surface of an ideal global ocean in the absence of tides and currents, shaped only by gravity. It is a crucial reference for measuring ocean circulation, sea-level change and ice dynamics – all affected by climate change.
Prof. Reiner Rummel, former Head of the Institute for Astronomical and Physical Geodesy at the Technische Universität München, said, "We see a continuous stream of excellent GOCE gradiometry data coming in. With each new two-month cycle, our GOCE gravity field model is getting better and better.
"They show that GOCE will give us dynamic topography and circulation patterns of the oceans with unprecedented quality and resolution. I am confident that these results will help improve our understanding of the dynamics of world oceans."
The two-day workshop provides the science community with the latest information on the performance of the satellite and details about data products and user services
Participants are also discussing how the GOCE geoid will make advances in ocean and climate studies, and improve our understanding of Earth’s internal structure.
For example, the gravity data from GOCE are helping to develop a deeper knowledge of the processes that cause earthquakes, such as the event that recently devastated Japan. Since this earthquake was caused by tectonic plate movement under the ocean, the motion cannot be observed directly from space. However, earthquakes create signatures in gravity data, which could be used to understand the processes leading to these natural disasters and ultimately help to predict them.
The GOCE satellite was launched in March 2009 and has now collected more than 12-months of gravity data.
Volker Liebig, Director of ESA's Earth Observation Programmes said, "Benefiting from a period of exceptional low solar activity, GOCE has been able to stay in low orbit and achieve coverage six weeks ahead of schedule.
"This also means that we still have fuel to continue measuring gravity until the end of 2012, thereby doubling the life of the mission and adding even more precision to the GOCE geoid."
GOCE has achieved many firsts in Earth observation. Its gradiometer – six highly sensitive accelerometers measuring gravity in 3D – is the first in space.
It orbits at the lowest altitude of any observation satellite to gather the best data on Earth's gravity. The design of this sleek one-tonne satellite is unique.
In addition, GOCE uses an innovative ion engine that generates tiny forces to compensate for any drag the satellite experiences as it orbits through the remnants of Earth's atmosphere.
Prof. Liebig added, "You could say that, at its early conception, GOCE was more like science fiction. GOCE has now clearly demonstrated that it is a state-of-the-art mission."
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