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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A bactéria que devora o Titanic / The steel-eating bacteria devouring the Titanic



 
O RMS Titanic, aqui partindo de Queenstown  Irlanda, enfrenta a indignidade final de ser comido por bactérias.

Pode ter sido um iceberg que afundou o Titanic, mas é uma bactéria que está lentamente destruindo  seus destroços no leito do oceano, dizem cientistas.
Microorganismos coletados de uma "rusticle" – uma estrutura que se assemelha a um pingente de gelo, mas  consiste em ferrugemt – estão lentamente destruindo o casco de aço do transatlântico no fundo do mar, 3,8km abaixo do nível do Atlântico, onde afundou, matando 1.517 passageiros e tripulantes, em Abril de 1912.
A espécie recém identificada, embora potencialmente perigosa  para instalações submarinas  vitais, como dutos de petróleo e gás, poderia também oferecer um novo meio de reciclar ferro de velhos navios e estruturas marítimas, segundo pesquisadores da Universidade Dalhousie University em Halifax, Canadá, e da Universidade de  Sevilha, Espanha.


A descoberta da  bactéria, agora denominada Halomonas titanicae, será divulgada no Jornal International  de Microbiologia Sistemática e Evolucionária, quarta-feira.

Quando os pesquisadores  testaram a habilidade da bactéria em laboratório, perceberam que ela é capaz de aderir a superfícies ferrosas, criando um monte de produtos de corrosão parecidos com calombos.

Acredita-se que um processo similar seja  responsável pela  formação de rusticles no casco do Titanic. Parecem ser estruturas sólidas, mas são altamente porosas e abrigam uma complexa variedade de bactérias, sugerindo que a H. titanicae e outros organismos podem acelerar ta corrosão de aço.
Os pesquisadores-chefes Bhavleen Kaur e Henrietta Mann da Universidade  Dalhousie  dizem que o papel dos micróbios nesse processo somente começa a ser entendido agora.

"Nós acreditamos que a  H. titanicae  participa da reciclagem de estruturas de aço em certas profundidades. O que pode ser útil no descarte de velhos navios mercantes e poços de petróleo que tenham sido limpos de toxinas e prododutos baseados em petróleo, e em seguida mergulhados nas profundezas do oceano."


Os cientistas acreditam que as descobertas poderão ter aplicações na  indústria. "Não sabemos ainda se essas espécies entraram no RMS Titanic antes ou depois de seu naufrágio. Nós também não sabemos se essas bactérias causam danos semelhantes em dutos de gás e petróleo submarinos. Encontrar respostas para essas questões permitirão não só melhor compreensão a respeito de nossos oceanos, mas também habiltar-nos a inventar revestimentos que poderiam prevenir a deterioração semelhante de outras estruturas metálicas," disseram.



RMS Titanic, seen here leaving Queenstown in Ireland, faces the final indignity of being eaten by bacteria. 
It may have been an iceberg that sunk the Titanic but it is a bacterium that is slowly destroying its remains on the ocean floor, scientists said today.
Microorganisms collected from a "rusticle" – a structure that looks like an icicle but consists of rust – are slowly destroying the iron hull of the liner on the seabed 3.8km (2.36 miles) below the Atlantic waves where it plummeted, killing 1,517 people, in April 1912.
The newly identified species, while potentially dangerous to vital underwater installations such as offshore oil and gas pipelines, could also offer a new way to recycle iron from old ships and marine structures, according to the researchers from Dalhousie University in Halifax, Canada, and Seville University in Spain.
The discovery of the bacterium, now named Halomonas titanicae, will be reported in the International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology on Wednesday. When the researchers tested its rusting ability in the lab, they found that it was able to adhere to steel surfaces, creating knob-like mounds of corrosion products.
A similar process is thought to be responsible for the formation of the rusticles on the hull of the Titanic. They appear to be solid structures but are highly porous and support a complex variety of bacteria, suggesting that H. titanicae and other organisms may accelerate the corrosion of steel.
Lead researchers Bhavleen Kaur and Henrietta Mann from Dalhousie University say the role of microbes in this process is only now starting to be understood. "We believe H. titanicae plays a part in the recycling of iron structures at certain depths. This could be useful in the disposal of old naval and merchant ships and oil rigs that have been cleaned of toxins and oil-based products and then sunk in the deep ocean."
The scientists believe the findings could have applications for industry. "We don't know yet whether this species arrived aboard the RMS Titanic before or after it sank. We also don't know if these bacteria cause similar damage to offshore oil and gas pipelines.

Finding answers to these questions will not only better our understanding of our oceans, but may also equip us to devise coatings that can prevent similar deterioration to other metal structures," they said.

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