A mídia em geral (e blogue também) tem falado muito do vazamento de petróleo no Golfo do México e nada a respeito dos efeito tóxicos dessa coisa nojenta que, apesar de tudo, trouxe grande progresso - e desgraça para alguns povos, como os de comunidades indígenas no Equador e outros países.
Astronomia, astrofísica, astrogeologia, astrobiologia, astrogeografia. O macro Universo em geral, deixando de lado os assuntos mundanos. Um olhar para o sublime Universo que existe além da Terra e transcende nossas brevíssimas vidas. Astronomy astrophysics, astrogeology, astrobiology, astrogeography. The macro Universe in general, putting aside mundane subjects. A look at the sublime Universe that exists beyond Earth and transcends our rather brief life spans.
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domingo, 20 de junho de 2010
Efeitos do petróleo nos animais
A intensidade do impacto e o tempo de recuperação são, em geral, proporcionais à quantidade de óleo no ambiente. Apesar disso, ocorrem exceções, com vazamentos menores provocando maior impacto biológico que vazamentos maiores.
Propriedades químicas do petróleo são responsáveis pela principal forma de influência -física ou química. O tempo de exposição dos organismos e a forma do petróleo no contato -intemperizado, emulsificado, empelotado- são importantes.
Sendo mais tóxicos os componentes mais solúveis e voláteis, o influência química é sempre maior logo após o vazamento. Em poucos dias, a concentração da maior parte dos agentes mais tóxicos já foi bem diminuida pelo intemperismo.
Outros componentes do petróleo causam efeitos químicos, entre eles os hidrocarbonetos saturados, causadores de efeitos anestésicos e necrosantes.
Os alcanos, ou parafinas, que formam grande parte do óleo cru, Têm potenciais efeitos anestésicos e narcotizantes, e o contato de organismos com essas frações tóxicas costumam matar por intoxicação, ainda mais quando em conjunto a frações de compostos aromáticos.
Os compostos mais tóxicos são o benzeno, tolueno e xileno, que têm boa solubilidade em água, destacando-se o benzeno, que prejudica os organismos marinhos, mais vulneráveis por absorvem os contaminantes pelos tecidos, brânquias, ingestão direta da água ou de alimento contaminado.
Hidrocarbonetos com baixo peso molecular (C12 a C24) causam efeito tóxico agudo intenso, pela alta solubilidade e biodisponibilidade.
Os Hidrocarbonetos Policiclicos Aromáticos, ou HPAs/PAHs, formados por múltiplos anéis de benzeno, são mais resistentes à biodegradação microbiológica, e persistentes por longo tempo no ambiente. Os HPAs mais comumente encontrados no petróleo são o Naftaleno, Antraceno, Fenantreno e Benzopireno e seus isômeros.
HPAs são muito tóxicos, com potencial cancerígeno no homem e organismos marinhos, com razoáveis evidências de serem causadores de câncer em peixes e moluscos, com sua atividade mutagênica fortemente relacionada ao formato e estrutura molecular, sendo a dos isômeros dos PAHs diretamente relacionada à atividade biológica e à sua toxicidade.
Solúveis em solventes orgânicos, os PAHs têm baixa solubilidade na água; quanto maior o peso molecular, mais baixa a solubilidade.
Tumores em organismos marinhos como moluscos , briozoários e algas estão associados a contaminação por aromáticos / poliaromáticos, com alterações enzimáticas nas mucosas do trato gastrointestinal e aumento no peso do fígado, após ingestão de PAHs. Distúrbios no fígado, sistema imunológico, leucemia, câncer e tumores no pulmão e estômago são alguns dos efeitos desses compostos.
Os aromáticos mais solúveis atingem a corrente sangüínea pela pele ou ingestão, embora filtrados pelo sistema excretor e eliminados na urina, e têm potencial de danificar as células sangüíneas, os tecidos ósseos - a medula óssea- e o sistema nervoso.
Causam irritações e dermatite na pele, mucosas e olhos.Estes compostos tendem a ser absorvidos pelos tecidos gordurosos e danificar órgãos como o fígado e rins de humanos, e podem causar os mesmos efeitos em vertebrados marinhos após um vazamento.
Muito já se sabe sobre os efeitos dos hidrocarbonetos do petróleo em humanos, embora haja pouca informação sobre os seus efeitos nos organismos marinhos, especialmente após vazamentos no mar.
A toxicidade aguda e a crônica causam efeitos diferentes nos organismos e na comunidade. Deve-se avaliar com cuidado o grau de estresse de cada situação, pois as conseqüências destes impactos resultam de uma complexa variedade de interações e características do ambiente, dos organismos atingidos, e do tipo de petróleo.
Igualmente, as respostas do ecossistema ao estresse são complexas e difíceis de serem interpretadas.
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