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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O plano contra o Apophis / The Apophis intercepting plan

O plano Armageddon da Rússia para salvar a Terra da colisão contra um asteróide.

Cientistas espaciais da Rússia preparam-se para ir sem temor aonde nenhum homem jamais esteve, à exceção do ator Bruce Willis.

O diretor da Agência Espacial Russa disse estar considerando uma missão em estilo hollywoodiano para enviar uma nave espacial a fim de desviar um grande asteróide de uma possível rota de colisão com a Terra.

Anatoly Perminov disse à rádio russa Golos Rossii: "A vida das pessoas está em risco. Deveríamos gastar várias centenas de milhares de dólares para construir um sistema que nos permita prever uma colisão, em vez de esperar sentados isso acontecer e matar centenas de milhares de pessoas."

A missão poderia ser dirigida a um asteróide chamado Apophis, disse, que deverá passar perto da Terra em 2029, e, novamente, em 2036. "Cálculos mostram ser possível criar uma nave com propósito especial, dentro do tempo de que dispomos, que ajudaria a evitar a colisão. A ameaça do choque pode ser afastada."

Os filmes de ação de Hollywood Deep Impact e Armageddon eram ambos sobre missões espaciais lutando para evitar colisões catastróficas, esse último estrelado por Willis.

Mas a criação de um sistema para defletir asteróides é debatida no meio científico há tempos. Alguns especialistas propuseram enviar uma sonda para circundar um asteróide perigoso e gradualmente modificar sua trajetória. Outros sugeriram enviar uma nave espacial para colidir com o asteróide e alterar o seu momentum, ou empregar aramas nucleares.

Perminov disse que detalhes do projeto ainda precisam ser resolvidos. Mas acrescentou que a agência convidaria a Nasa, a Agência Espacial Europeia e outras para participar.

Quando o Apophis foi descoberto, em 2004, astrônomos estiveram nas manchetes quando disseram haver uma chance em 37 de o rochedo com 350 metros de diâmetro colidir com a Terra em 2029.

Estudos posteriores descartaram o impacto, mas resta uma chance em 250.000 de haver uma colisão em 2036. Uma em 250 mil, na minha opinião, não justifica um gasto monumental num planeta com gente morrendo de fome.

Perminov disse ter ouvido de um cientista (quem, exatamente?) que o Apophis esta se aproximando e poderá atingir nosso planeta. "Eu não me recordo exatamente, mas parece que ele poderia chocar-se coma Terra em 2032," disse.

A Nasa calcula que se o asteróide atingir a Terra, liberará mais de 100.000 vezes a energia emitida na explosão nuclear sobre Hiroshima. Milhares de quilômetros quadrados seriam diretamente afetados pela explosão, mas toda a Terra veria os efeitos da poeira liberada na atmosfera.

Perminov disse: "Logo teremos uma reunião de nosso colegiado, o conselho técnico-científico, para ver o que se pode fazer. "Não haverá explosões nucleares. Tudo será feito de acordo com as leis da física." Ora, não diga, e poderia ser de outra maneira, contrária às leis universais?

Russia's Armageddon plan to save Earth from collision with asteroid.

Space scientists in Russia are preparing to boldly go where no man has gone before, except for the actor Bruce Willis.

The head of the Russian space agency said today that it was considering a Hollywood-style mission to send a spacecraft to bump a large asteroid from a possible collision course with Earth.

Anatoly Perminov told the Russian radio station Golos Rossii: "People's lives are at stake. We should pay several hundred million dollars and build a system that would allow us to prevent a collision, rather than sit and wait for it to happen and kill hundreds of thousands of people."

The mission would be aimed at an asteroid called Apophis, he said, which is expected to pass close to the Earth in 2029 and again in 2036. "Calculations show that it's possible to create a special-purpose spacecraft within the time we have, which would help avoid the collision. The threat of collision can be averted."

The Hollywood action films Deep Impact and Armageddon both featured space missions scrambling to avert catastrophic collisions, the latter led by Willis.

But the creation of a system to deflect asteroids has long been the subject of scientific debate. Some experts have proposed sending a probe to circle around a dangerous asteroid and gradually change its trajectory. Others suggested sending a spacecraft to collide with it and alter its momentum, or using nuclear weapons.

Perminov said details of the project still needed to be worked out. But he said the agency would invite Nasa, the European Space Agency and others to participate.

When Apophis was discovered in 2004, astronomers made headlines when they said there was a one in 37 chance that the 350-metre-wide rock would collide with Earth in 2029.

Further studies ruled out such an impact, but there remains a one in 250,000 chance it could strike in 2036. Quite unlikely to justify such a high concern...

Perminov said he had heard from a scientist (who, more exactly?) that Apophis is getting closer and may hit the planet. "I don't remember exactly, but it seems to me it could hit the Earth by 2032," he said.

Nasa has estimated that if the asteroid hit the Earth, it would release more than 100,000 times the energy released in the nuclear blast over Hiroshima.

Thousands of square miles would be directly affected by the blast but the whole of the Earth would see the effects of the dust released into the atmosphere.

Perminov said: "We will soon hold a closed meeting of our collegium, the science-technical council, to look at what can be done. "There won't be any nuclear explosions. Everything will be done according to the laws of physics." (By the way, could anything be done otherwise?)

3 comentários:

  1. "Não haverá explosões nucleares. Tudo será feito de acordo com as leis da física."
    Não dá pra acreditar que o camarada Perminov tenha dito isto. Uma pérola. É como se pudéssemos fazer com que as explosões nucleares não seguissem as leis da física. Como ele é o líder da Roscosmos, e com certeza deve ter estudado muita física, acho que quis se referir à questão discutível sobre a legitimidade da realização de uma explosão desta natureza no espaço.
    Concordo com ele quando diz que não deveríamos ficar esperando de braços cruzados, e contar com a sorte. Também entendo quando você diz que o gasto elevado deste projeto não compensaria. Talvez pudéssemos então diminuir os gastos com outros programas menos importantes, e deslocar recursos para esta finalidade, pois acho que mais cedo ou mais tarde, os telescópios podem vir a observar um grande asteróide ou cometa em rota de colisão com a Terra. Aí então teríamos que ter um plano já meio preparado, pois dependendo do tempo entre a observação e a chegada, não seria interessante partirmos do zero.
    Bom 2010 pra você.

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  2. Ficou engraçado, né, jairo? As vezes, o sentido se perde num erro de tradução que pode ter vindo do rurro pro ingles, depois português...

    Tem aquela questão que o novo telescópio infravermelho ressalta: os corpos que não emitem luz visível, mas que o infravermelho capta. Poderá identificar algum em rota próxima. São tantos esses esquipamentos que me esqueci do nome, foi lançado há pouco, aquele refrigerado a 8Kelvin.

    Mas é bem mais provável acidentes tectônicos causarem milhares de mortos, um tsunami, previsto para se repetir na Indonésia, um terremoto, mum vírus letal.

    Abraços, bom ano.

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  3. Eu vi esta reportagem no site Space.com, ai vai o link (http://www.space.com/news/091230-russia-asteroid-apophis.html). Lá você pode ler também o comentário do astrônomo da NASA Paul Chodas, e de Don Yeomans, chefe do NASA's Near-Earth Object Program Office, sobre o interesse da Rússia em desenvolver este tipo de programa. Acho mesmo que Perminov quis tranquilizar as pessoas de que tudo seria feito usando apenas as leis da física, e sem o uso de explosões nucleares, mas ficou estranha a frase. O telescópio que você se refere é o WISE. Com certeza este equipamento vai descobrir muitos objetos que ainda não podem ser observados pelos outros.

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