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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Em nome do Estado, e da Igreja... / In the name of the State, and of the Church...

A Igreja irlandesa e a polícia encobriram casos de abuso sexual infantil, diz um relatório devastador sobre abuso de crianças pelo clero no período 1975-2004 acusa a igreja e Garda de conluio para encobrir o escândalo.
Uma força policial foi conivente com a Igreja Católica para encobrir abusos de clérigos em Dublin, Irlanda, em grande escala, de acordo com um relatório que revela décadas de crimes sexuais cometidos por padres no país.
O devastador relatório de três volumes sobre o abuso sexual e físico de crianças pelo clero na capital da Irlanda, no período 1975-2004, acusa quatro ex-arcebispos, uma série de altos membros do clero e da An Garda Síochána - Serviço Policial Nacional da Irlanda - de acobertar o escândalo.http://www.garda.ie/
Considerou que a manutenção do sigilo, "para evitar o escândalo, a defesa do prestígio da Igreja e para a preservação do seu patrimônio"; era mais importante do que a justiça para as vítimas de abuso sexual e físico.
Quatro ex-arcebispos de Dublin - John Charles McQuaid, que morreu em 1973, Dermot Ryan, falecido em 1984, Kevin McNamara, morto em 1987, e o cardeal Desmond Connell, aposentado - não relataram os fatos, de seu conhecimento, de abuso sexual infantil à Garda (Polícia), de 1960 a 1980. Mas o relatório acrescentou que todos os bispos da diocese, no período abrangido pelo inquérito tinham conhecimento de algumas queixas.
O relatório, divulgado hoje pelo ministro da Justiça irlandês, Dermot Ahern, também concluiu que a maioria dos sacerdotes fez vista grossa para os abusos; embora alguns tivessem apresentado denúncias a seus superiores, elas não foram consideradas.
O relatório, encomendado pelo governo, critica fortemente a Garda (Polícia Irlandesa) e diz que altos membros da força consideraram sacerdotes como sendo fora da sua alçada de investigação. A relação entre alguns gardai (policiais) sêniores e padres e bispos em Dublin foi descrita como "inadequada".
Em vez de investigar as queixas das crianças, os policiais (gardai) simplesmente as relataram à diocese católica de Dublin, diz o relatório. A Garda Síochána é acusada de conivência com a igreja por abafar, pelo menos, uma queixa de abuso, e deixar o presumível autor fugir do país.
Ahern disse que não haverá esconderijo para os agressores, mesmo (ou muito menos!) os que usavam um colarinho clerical. "As pessoas que cometeram esses crimes terríveis - não importa quando aconteceram - continuarão a ser perseguidas" ."Devem saber que não há esconderijo. Que a justiça - mesmo que possa ter sido adiada - não será negada", disse ele.
Ele disse numa conferência de imprensa: "Eu li o relatório como ministro da Justiça. Mas, como ser humano - como pai e como um membro desta comunidade -, eu senti um crescente sentimento de repulsa e raiva. Repulsa pelos os horríveis atos cometidos contra crianças.
Raiva pela forma como se lidou então com essas crianças e por quantas vezes os abusadores foram deixados livres para agir novamente". O Centro de Crise de Estupros de Dublin acolheu com satisfação o relatório, dizendo que era "um reconhecimento do fracasso vergonhoso da nossa sociedade em cuidar dos nossos filhos". N. do T.: Da nossa sociedade, não, do Estado!!
O relatório afirma que os altos escalões clericais encobriram os abusos durante quase três décadas e que as estruturas e as regras da igreja facilitaram o encobrimento. Diz também que as autoridades estaduais contribuíram com a impunidade, permitindo à igreja ficar fora do alcance da lei.
A Comissão Murphy de Inquérito sobre o abuso de crianças em Dublin identificou 320 pessoas que se queixaram de abuso sexual infantil entre 1975 e 2004. Ela também afirma que desde maio de 2004, 130 queixas contra padres que atuam na arquidiocese de Dublin foram feitas.
O relatório detalha os casos de 46 padres culpados de abuso, uma amostra representativa de 102 sacerdotes sob sua jurisdição. Mas conclui que não havia nenhuma evidência direta de uma rede organizada de pedofilia entre sacerdotes da arquidiocese de Dublin, embora diga haver algumas conexões preocupantes. Um padre admitiu ter abusado de mais de 100 crianças. Outro disse ter cometido um abuso a cada duas semanas por mais de 25 anos.
O relatório destaca o caso dos padres Carney e McCarthy que, em um caso, abusaram ambos da mesma criança. Os abusos de Carney, muitas vezes ocorriam em piscinas, e, às vezes, quando ele estava acompanhado de outro padre.
O relatório afirma só após 1995 a arquidiocese começou a notificar as autoridades civis de denúncias de abuso clerical. A Comissão conclui que, à luz deste e de outros fatos, a lealdade primordial de cada bispo era com a própria igreja.
Um movimento da arquidiocese de fazer um seguro de responsabilidade civil decorrente de abuso clerical foi, de acordo com o relatório, a prova de seu conhecimento do abuso sexual infantil como um custo de enorme potencial.
O relatório, de centenas de páginas, detalha os abusos cometidos. O comissário atual da Garda Síochána, Fachtna Murphy, disse que o relatório feito é de leitura difícil e perturbadora, detalhando várias instãncias de abuso sexual e a falha da Igreja e das autoridades do Estado em proteger as vítimas".
Murphy pediu desculpas às vítimas que não tiveram a resposta e proteçãoque mereciam. O papa Bento 16 foi hoje instatado a ir à Irlanda e pedir desculpas pelo comportamento do seu clero. Um militante dos direitos das vítimas chamou o papa a comparecer e pedir desculpas pela "traição às crianças" por quem deveria dedicar-lhes amor.
John Kelly, do irlandês Survivors of Child Abuse (Sobreviventes de Abusos contra Crianças), disse que apenas uma visita papal irá exonerar a igreja mundial da culpa pelo escândalos de abusos. Não, não creio que haja perdão para tais atrocidades. Irish church and police covered up child sex abuse, says report
Devastating report on abuse of children by clergy from 1975 to 2004 accuses church and Garda of colluding to cover up scandal. police force colluded with the Catholic church in covering up clerical child abuse in Dublin on a huge scale, according to a damning report on decades of sex crimes committed by the country's priests.
The devastating three-volume report on the sexual and physical abuse of children by the clergy in Ireland's capital from 1975 to 2004 accuses four former archbishops, a host of clergy and senior members of the An Garda Síochána - Ireland National Police Service - of covering up the scandal.
It found that the "maintenance of secrecy, the avoidance of scandal, the protection of the reputation of the church and the preservation of its assets" was more important than justice for the victims of sexual and physical abuse.
Four former Archbishops in Dublin – John Charles McQuaid, who died in 1973, Dermot Ryan, who died in 1984, Kevin McNamara, who died in 1987, and retired Cardinal Desmond Connell – were found to have failed to report their knowledge of child sexual abuse to the Garda from the 1960s to the 1980s. But the report added that all the archbishops of the diocese in the period covered by the inquiry were aware of some complaints.
The report, launched today by the Irish justice minister, Dermot Ahern, also concluded that the vast majority of priests turned a "blind eye" to abuse, although some individuals did bring complaints to their superiors, which were not acted upon.
The report, commissioned by the government, strongly criticises the Garda and says senior members of the force regarded priests as being outside their investigative remit. The relationship between some senior gardai and priests and bishops in Dublin was described as "inappropriate".
Rather than investigate complaints from children, gardai simply reported the matter to the Dublin Catholic diocese, the report says. The Garda Síochána is accused of connivance with the church in stifling at least one complaint of abuse, and letting the alleged perpetrator flee the country.
Ahern said there should be no hiding place for the abusers even if they wore a clerical collar. "The persons who committed these dreadful crimes – no matter when they happened – will continue to be pursued.
"They must come to know that there is no hiding place. That justice – even where it may have been delayed – will not be denied," he said.
He told a press conference: "I read the report as justice minister. But on a human level – as a father and as a member of this community – I felt a growing sense of revulsion and anger. Revulsion at the horrible, evil acts committed against children. Anger at how those children were then dealt with and how often abusers were left free to abuse."
The Dublin Rape Crisis Centre welcomed the report, saying it was "another acknowledgment of the abject failure of our society to take care of our children".
The report states that senior clerical figures covered up the abuse over nearly three decades and that the structures and rules of the church facilitated that cover-up. It also says that state authorities facilitated the cover-up by allowing the church to be beyond the reach of the law.
The Murphy Commission of Inquiry into the abuse of children in Dublin identified 320 people who complained of child sexual abuse between 1975 and 2004. It also states that since May 2004, 130 complaints against priests operating in the Dublin archdiocese have been made.
The report details the cases of 46 priests guilty of abuse, as a representative sample of 102 priests within its remit. But it concludes that there was no direct evidence of an organised paedophile ring among priests in the Dublin archdiocese, although it says there were some worrying connections. One priest admitted abusing more than 100 children. Another said he had committed abuse every two weeks for more than 25 years, it said.
The report highlights the case of a Father Carney and Father McCarthy who it claims in one case both abused the same child. The abuse by Carney often occurred at swimming pools, sometimes when he was accompanied by another priest.
The report states that it was not until 1995 that the archdiocese began to notify the civil authorities of complaints of clerical abuse. The commission concludes that in the light of this and other facts, every bishop's primary loyalty was to the church itself.
A move by the archdiocese to take out insurance against potential compensation claims arising from clerical abuse was, according to the report, an act proving knowledge of child sexual abuse as a potential major cost.
The report, running to hundreds of pages, details particular priests and the abuse perpetrated by them.
The Garda Síochána's current commissioner, Fachtna Murphy, said the report made for "difficult and disturbing reading, detailing as it does many instances of sexual abuse and failure on the part of both church and state authorities to protect victims."
Murphy apologised to victims who did not receive the response and protection they were entitled to.
Pope Benedict was challenged today to go to Ireland and apologise for his clergy's behaviour. A victims' rights campaigner called on the pope to visit and say sorry for "the betrayal of children" by those who were meant to show them love. John Kelly, of Irish Survivors of Child Abuse, said only a papal visit would exonerate the worldwide church of culpability in the abuse scandals. I don't think this abject catholic Church members deserve any forgiveness.
La Iglesia católica irlandesa ocultó los abusos sexuales a menores durante décadas
Un informe judicial revela la connivencia de la policía y la Fiscalía con cuatro obispos de Dublín
La Iglesia Católica irlandesa ocultó abusos sexuales a menores durante décadas. El ministro irlandés de Justicia, Dermot Ahern, ha presentado hoy un informe cuyas conclusiones aseguran que la connivencia entre la jerarquía eclesiástica y las autoridades del Estado, entre ellas la policía y la Fiscalía, sirvió para proteger a los curas pederastas y evitar escándalos. Las autoridades ayudaron a cuatro obispos dublineses a esconder los abusos de los sacerdotes de la archidiócesis de Dublín, que tuvo inmunidad para delinquir, según el informe que ha elaborado la juez Yvonne Murphy.
Aunque ha habido varios casos relevantes sobre abusos sexuales de sacerdotes a menores en el país, el que más conmoción ha causado hasta la fecha es el recogido en el llamado Informe Ryan, divulgado el pasado mayo por la Comisión Investigadora sobre Abusos a Menores. El texto es un catálogo de "sistemáticos" abusos sexuales, físicos y psíquicos cometidos por sacerdotes, monjas y personal seglar durante más de 60 años contra miles de menores en instituciones estatales gestionadas por la Iglesia.
La Comisión, presidida por el juez Sean Ryan, insistió entonces en que los maltratos se prolongaron durante años gracias a la cobertura y pasividad de las altas instancias gubernamentales y religiosas, cuyo único curso de acción, cada vez que se producían denuncias, consistía en mover de parroquia en parroquia a los curas pederastas.
Por su parte, el ministro de Justicia irlandés aseguró que continuarán los procedimientos judiciales contra los religiosos que cometieron los abusos. "Las personas que cometieron estos delitos terribles, no importa cuándo ocurrieran, serán procesadas", afirmó Ahern. "Deben saber que no hay ningún lugar donde esconderse, que la justicia, incluso aunque se haya visto rechazada, no será denegada", añadió.
Según Ahern, "no es ni ha sido nunca aceptable que instituciones se comporten o sean tratadas como si estuvieran por encima de la ley del Estado". "Esto es una república, el pueblo es soberano, y ninguna institución, ninguna agencia, ninguna iglesia, puede ser inmune de ese hecho", insistió.
"La era en la que las personas malas podían serlo bajo la cobertura de su ropa, amparados de las consecuencias por sus autoridades, mientras que las vidas de niños eran arruinadas con tal cruedad, ha terminado", zanjó. ?Y usted cree?

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