O fiasco da Trafigura rasga o manual.
Uma combinação da antiga mídia e a Twittosfera derrotaram os esforços convencionais em se comprar o silêncio.
Por um tempo, tudo corria bem, especialmente no front da censura.
O escritório de advocacia Carter-Ruck espalhou cartas ameaçadoras pelas redações, de Olso a Abdijã.
Ajuizaram uma ação contra a BBC. E persuadiram um juiz a proibir a divulgação de um documento confidencial, porém embaraçoso, que caíra em mãos de jornalistas.
À hora do almoço em Londres – uma hora antes de os editores comparecerem perante a Corte – a Trafigura jogou a toalha.
O procedimento dos manuais – um bela cenoura, e uma vara bem cara – havia sido tornado inútil por um jornal aliado à colaboração massiva de estranhos, desconhecidos por completo, na Web. A Trafigura, poderosa trading de óleo e combustíveis que envenenou o entorno da cidade de Abdijã, na Costa do Marfim, com lixo tóxico, matando, causando doenças e danificando o meio ambiente do paupérrimo país africano, pensara ter comprado o silêncio. Mas uma combinação da antiga mídia - O jornal inglês The Guardian - e a nova - o Twitter - transformaram a tentativa de obscurecer a verdade na notoriedade exposta aos holofotes das massas.
The Trafigura fiasco tears up the textbook.
A mix of old media and the Twittersphere blew away conventional efforts to buy silence.
For a while all goes well, especially on the stick front. Carter-Ruck spray threatening letters around newsrooms from Oslo to Abidjan. They launch an action against the BBC. And they persuade a judge to suppress a confidential but embarrassing document which has fallen into journalists' hands. By lunchtime – an hour before we were due in court – Trafigura threw in the towel. The textbook stuff – elaborate carrot, expensive stick – had been blown away by a newspaper together with the mass collaboration of total strangers on the web. Trafigura thought it was buying silence. A combination of old media – the Guardian – and new – Twitter – turned attempted obscurity into mass notoriety.
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