"A culpa não é minha, ", diz Sarney, é do Senado.
E quem é o Senado, se não a soma de seus integrantes?
Acaso algo se faz lá dentro sem a bênção dos membros desse rendez-vous?
"Cinquenta anos de vida pública, eu não mereço ser julgado", a vitimização elevada à enésima potência.
Justamente por ter vida pública é que merece ser julgado, é o que a História faz com todos os que viveram da política. Servir, em troca de generosa remuneração, não é favor, e ser fiscalizado com rigor é obrigação.
Não pensem os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, Michel Temer, que a sociedade aceita que lhe enfiem pela garganta os dez anos passados de abusos e falta de prestação de contas de seus membros, essa linha divisória estabelecida por Temer "entre o que foi e o que será".
Do que foi nós cobramos, prestação de contas, porque pago com o dinheiro suado dos nossos impostos.
E pensar que Michel Temer poderá vir a ser vice-presidente da República... Talvez muito antes da "sucessão" de Lula, dada a crítica condição de saúde do atual vice José de Alencar, cujo câncer de que sofre só dá sinais de avançar. (Na falta do vice, assume o presidente da Câmara dos Deputados)
Ah, caros leitores, o Senado, a República com José Serra. Uma república sob Serra deverá ter, no Senado, ninguém menos que Orestes Quércia, que governou São Paulo e elegeu seu sucessor, quando teria bradado: "Quebrei o banco (Banespa), mas fiz o meu sucessor!
Pois Quércia só terá uma vaga para concorrer ao Senado por conta do acerto feito com o grande José Serra e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Qúercia no Senado, quem diria...
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