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domingo, 3 de maio de 2009

Solidariedade, ok, mas e as explicações?

Quinta-feira, um dia antes do feriado do Dia do Trabalho, a revista IstoÉ publicou uma extensa reportagem-denúncia sobre supostos abusos cometidos por dois altos integrantes do Poder Judiciário, que teriam se valido de suas posições para que parentes, e até amigos, entre outras mordomias, fossem poupados da fiscalização aduaneira.
O link para a reportagem, intitulada "O esquema VIP no Judiciário", é este: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2060/o-esquema-vip-no-judiciariocontrariando-uma-norma-do-stj-o-132858-1.htm
A matéria exibe ofícios do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a terceira e penúltima instância judiciária do Brasil, pedindo favores a empresas de aviação e requerendo tratamento VIP das autoridades aeroportuárias e fazendárias a ministros, promotores, amigos e até ministros aposentados, e a um ministro que hoje ocupa uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.
A respeito das acusações, o STJ emitiu uma singela nota de "solidariedade" aos acusados, quando o que se impõe no momento, antes de mais nada, é o esclarecimento das denúncias, é dizer à sociedade se procedem ou não; se os ofícios, reproduzidos na reportagem, são verdadeiros ou fabricados. Se falsos, as providências são simples: processar os autores das diatribes. Se verdadeiras, cabe instaurar o devido inquérito para uma eventual denúncia à Justiça.
Abaixo, a telegráfica nota do STJ, emitida no fim-de-semana, dia 2 de maio, um sábado.
2/5/2009 - 13h09
INSTITUCIONAL
Nota à Imprensa
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, manifestou solidariedade aos ministros Carlos Alberto Menezes Direito, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Luiz Fux. De acordo com o presidente, os relevantes serviços prestados pelos ministros à Justiça brasileira, ao longo de suas honradas carreiras, comprovam a integridade dos mesmos (sic) como homens públicos.
"O ministro Menezes Direito teve e o ministro Luiz Fux tem passagem exemplar no STJ, seguindo todos os predicados de magistrados sérios, competentes e dedicados”, afirmou Cesar Rocha.
Todavia, a sociedade não quer saber dos predicados dos magistrados sérios, mas, sim, se as acusações que lhes foram feitas pela IstoÉ procedem ou não. Só isso, por enquanto.

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