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domingo, 24 de maio de 2009

Islamist Versus Islamist / Islâmicos contra islâmicos

Estudantes Sufi (místicos muçulmanos) moderados recentemente fizeram o mesmo que muitos outros optaram por fazer na anárquica Somália: Pegaram em armas e aderiram à pratica da matança, no caso, em autodefesa contra o Shabab, um dos mais aterrorizantes grupos extremistas muçulmanos da África. Na Somália Central, um novo eixo de conflito foi inaugurado.
Agora, numa mudança definitiva, guereiros de diferentes clãs estão formando alianças e lutando uns contra os outros conforme suas linhas religiosas.
Perto da cidade de Dusa Marreb, milicianos Sufi montaram um checkpoint com pessoal armado.
Esta é uma guerra de islâmicos contra islâmicos, e os estudantes Sufi são parte de um movimento islamista moderado maior com o qual as nações do Oeste contam para reprimir os extremistas cada vez mais poderosos. Em Dusa Marreb, milicianos Sufi fazem patrulhas na carroceria de picapes. Em um checkpoint de Dusa Marreb, nas planícies açoitadas por ventos da região central da Somália, os moderados estão sozinhos. A recém-criada milícia Sufi é praticamente o único grupo local a enfrentar o Shabab - que conta com jihadistas estrangeiros fortemente armados - e vencê-la. Dos Sufis, o Sheik Omar Mohamed Farah disse: "Nós temos jihad, também. Mas uma jihad interna, um esforço para sermos puros." Sheik Omar é um chefe Sufi em Dusa Marreb. O trecho de várias centenas de milhas quadradas da Somália central controlado pelos Sufis não é tão estratégico quanto Mogadíscio, a capital, onde o governo luta pelo controle.
Os Sufis conseguiram o que o governo de transição não tem: apoio político, o que explica como eles conseguem se transformar tão rápido de um punhado de homens que nunca haviam apertado um gatilho em uma coesa força de luta apoiada por clãs locais.
Muitos somalis dizem que a versão Sufi do Islã, que enfatiza a tolerância, misticismo e uma relação pessoal com Deus, é mais coerente com suas tradições do que o Islamismo Wahabita adotado pelo Shabab.
Os Sufis também reagiram contra o Shabab, que controlou Dusa Marreb a maior parte do ano passado. Moradores descreveram um cenário de terror, com o Shabab, entre outras coisas, decapitando duas mulheres que vendiam chá. Os Sufis pegaram em armas depois que o Shabab matou a tiros vários estudantes Sufis e destruíram templos Sufis. Em dezembro, os Sufis expulsaram o Shabab de Dusa Marreb.
Moderate Sufi scholars recently did what so many others have chosen to do in anarchic Somalia: They picked up guns and entered the killing business, in this case to fight back against the Shabab, one of the most fearsome extremist Muslim groups in Africa.
In central Somalia, a new axis of conflict has opened up. Now, in a definitive shift, fighters from different clans are forming alliances and battling one another along religious lines. Near the town of Dusa Marreb, Sufi militiamen stood with an amored personnel carrier at a checkpoint.
This is an Islamist versus Islamist war, and the Sufi scholars are part of a broader moderate Islamist movement that Western nations are counting on to repel Somalia's increasingly powerful extremists. In Dusa Marreb, Sufi militiamen patrolled in the back of a pickup truck.
At a checkpoint in Dusa Marreb, on the wind-whipped plains of Somalia's central region, where moderates are holding their own, the newly minted Sufi militia is about the only local group to go toe to toe with the Shabab -- which counts on heavily armed foreign jihadists -- and win.
Of the Sufis, Sheik Omar Mohamed Farah said, "We have jihad, too. But it's inner jihad, a struggle to be pure." Sheik Omar is a Sufi leader in Dusa Marreb.
The several-hundred-square-mile patch of central Somali that the Sufis control is not nearly as strategic as Mogadishu, the capital, where the government is straining for control.
The Sufis have achieved what the transitional government has not: grass-roots support, which explains how they were able to move so quickly from a bunch of men who had never squeezed a trigger into a cohesive fighting force backed by local clans.
Many Somalis say that the Sufi version of Islam, which stresses tolerance, mysticism and a personal relationship with God, is more congruent with their traditions than the Wahhabi Islam espoused by the Shabab.
The Sufis also tapped into a backlash against the Shabab. The Shabab controlled Dusa Marreb for the better part of last year.
Residents described a reign of terror, with the Shabab, among other things, beheading two women selling tea.
The Sufis took up arms after the Shabab shot dead several Sufi students and tore apart Sufi shrines. In December, the Sufis drove the Shabab out of Dusa Marreb.

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