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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sob nova direção

Lula trocou o presidente do Banco do Brasil porque sob sua gestão as taxas de juros não baixaram o suficiente.
A página do BB na net informa que a taxa do cheque especial para clientes com 75 pontos (medida de relacionamento com banco, antigamente chamada "reciprocidade"), a partir de 13 de março, é 7,85 ao mês, mas a taxa efetiva (que é o que realmente conta e é cobrado) está em 8, 35% ao mês.
Pois bem, caríssimos leitores amigos deste blogue: hoje é 11 de abril/09. Vejamos, daqui a um mês, ou menos, qual será a taxa efetiva cobrada pela nova direção do Banco do Brasil.
A crítica aqui não é contra Lula, mas contra a sua atitude (é preciso separar a crítica de uma ação da figura da pessoa), não de demitir o presidente do banco, porque ele tem esse direito, e até esse dever, conforme o caso.
A questão é que o BB, na minha opinião, não vai conseguir influenciar o mercado ao ponto de fazer baixar a média geral dos juros praticados, que depende da velha "reciprocidade", inclusive no Banco do Brasil, do cadastro do cliente, das garantias oferecidas, quando há garantias a oferecer.
Pelo que tenho lido nos cadernos de economia, os pequenos empresários têm reclamado da falta de acesso ao crédito. Então, não é só o problema das escandalosas taxas de juros, mas do atual medo dos bancos de emprestar e não receber de volta, o que faz parte do negócio da agiotagem (é esse o nome que dou ao que os bancos fazem no Brasil) e compõe a taxa de juros, o chamado "spread", ou margem de lucro.

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