Os ursos polares não sobreviverão sem uma ação para mitigar as mudanças climáticas e salvar seu hábitat no Ártico do desaparecimento rápido.
O WWF, Fundo Mundial para a Conservação da Natureza, disse que os cinco continentes que abrigam os ursos polares precisam se comprometer com uma ação decisiva contra o aquecimento global para salvar o animal, que depende do gelo marinho.
Análises recentes do Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Fundo para a Conservação da Natureza descobriram que dois terços dos 20.000 a 25.000 ursos polares do mundo poderão estar perdidos nos próximos 50 anos, à medida que o aquecimento das temperaturas derrete o gelo.
Mas o WWF disse que um acordo assinado, em 1973, pelos cinco Estados Árticos – Canadá, Rússia, Estados Unidos, Groenlândia/Dinamarca, e Noruega – os compromete em proteger e preservar o urso e seu hábitat.
Enquanto o acordo original visava às ameaças de caçadores que haviam dizimado populações, o coordenador de assuntos sobre ursos polares do WWF, Geoff York, disse que os ursos não poderiam ser protegidos agora sem a resolução da questão climática.
“A ação mais importante a ser empreendida a fim de preservar os ursos polares deve ser no sentido de desacelerar a taxa de mudança do clima (na verdade, estancá-la) de modo que seus habitats não desapareçam completamente”, disse.
Sem o hábitat do gelo marítimo, o urso polar não sobreviverá no longo prazo.
“Há outras ameaças, como a perfuração de campos de petróleo e gás, a navegação e toxinas, que, contudo, parecem menores comparadas às mudanças climáticas e à perda do gelo marinho”, aduziu.
Semana que vem, as cinco nações participantes do Tratado de 1973 para a Conservação dos Ursos Polares e Seus Hábitats se reunirão na Noruega no primeiro acordo formal em mais de 25 anos.
York disse que os delegados devem concordar em pressionar seus países a se comprometer urgentemente e empreender ações efetivas para cortar as emissões de gases-estufa, que causam as mudanças climáticas.
“Qualquer coisa aquém disso significará o abdicar das responsabilidades dessas nações com relação ao Tratado do Urso Polar”, completou.
O WWF quer que os representantes dos cinco países façam um apelo por urgentes ações contra as mudanças no clima e mostrem uma liderança firme nas tentativas de se obter um acordo internacional a respeito das reduções das emissões, em dezembro, em Copenhagen.
York ainda alertou para o fato de que a ameaça aos ursos polares são apenas um exemplo precoce do que estará por vir, se não houver ações efetivas. Embora a sobrevivência dos ursos seja importante, lidar com a questão climática afeta mais do que uma só espécie, e que a sobrevivência humana também poderia estar sob risco na ausência de providências.
“As pessoas causaram o problema, e podem resolvê-lo se quiserem. Há esperanças na comunidade científica de que, se um plano contra o aquecimento global for posto em prática logo, pode-se resolver o problema”.
O WWF irá apresentar um plano de ação abrangente para a proteção dos ursos no encontro de Tromso, Noruega, semana que vem, entre uma gama de outras ameaças.
O Ártico está derretendo rapidamente nos verões, e no de 2007 houve um recorde. Cientistas alertam que a área poderá estar totalmente sem gelo em algum momento entre 2013 e 2040.
Além de prover caça e ambiente para urso polar, o gelo do mar Ártico tem importância no impacto sobre o clima, refletindo o calor e mantendo a área fria.
Um final para este “efeito Albedo” poderia conduzir ao aquecimento da região, que por sua vez causaria o derretimento do gelo perene do Ártico, liberando carbono e metano, este o mais potente gás de efeito estufa, o que aceleraria ainda mais as mudanças climáticas.
Polar bears will not survive without action to tackle climate change and save their rapidly disappearing Arctic habitat, conservationists have warned.
WWF, the conservation charity, said that the five countries which are home to the polar bear must commit to action on global warming to save the animal, which is reliant on the sea ice.
Recent analysis by the US Geological Survey and World Conservation Union found that two-thirds of the 20,000 to 25,000 polar bears in the world could be lost in the next 50 years as warming temperatures melt the ice.
But WWF said an agreement signed in 1973 by the five Arctic states - Canada, Russia, the US, Greenland/Denmark and Norway - commits them to saving protecting the bear and its habitat.
While the original deal focused on threats from hunting that had decimated populations, WWF's polar bear co-ordinator Geoff York said polar bears could not now be protected without addressing climate change.
The most important action we can take to help preserve polar bears is to slow the rate of climate change, and ultimately to stop it so that their habitat does not entirely disappear," he said
Without the sea ice habitat, the polar bear will not survive in the long term.There are other threats, such as oil and gas drilling, shipping and toxins, but they pale in comparison to climate change and the loss of the sea ice," he continued.
Next week the five nations which are party to the 1973 Agreement for the Conservation of Polar Bears and Their Habitats will meet in Norway for the first formal meeting in more than 25 years.
Mr York said delegates must agree to push their countries to commit to urgent and effective action to cut the greenhouse gas emissions which cause climate change.
"Anything less would be an abdication of the responsibilities of these nations under the polar bear agreement," he said.
WWF wants the representatives of the five polar bear nations to formally call for urgent global action on climate change and to show strong leadership in attempts to achieve a new international deal on cutting emissions in Copenhagen in December.
Mr York also warned that the threat to the polar bears was "an early example of what's coming if we don't act".
He said while the polar bear was important, tackling climate change was about much more than one species - and that human survival could also be at risk without action.
But he said: "People caused this problem, and they can fix it if they choose to. There's hope in the scientific community that, with global action happening soon, we can fix this".
WWF will be presenting a wide-ranging action plan on protecting polar bears at the meeting in Tromso, Norway, next week, from a range of threats.
The biggest danger is climate change, followed by the industrialisation of the Arctic for oil gas and shipping, pollution and the impacts of more polar bears coming ashore and into contact with humans as the ice melts, which usually "ends badly for the bears", Mr York said.
The Arctic is melting increasingly fast in the summers, with summer 2007 witnessing a record melt and scientists warning the area could be ice-free in the summer sometime between 2013 and 2040As well as providing a hunting and breeding ground for the polar bear, the Arctic sea ice has an important impact on the climate reflecting heat and keeping the area cool.
An end to this "albedo effect" could lead to warming in the region, which could in turn cause the permanently frozen ground in the Arctic to melt releasing carbon dioxide and methane - a potent greenhouse gas which could accelerate climate change further.
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