O deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) assumiu a presidência da Câmara dos Deputados com um belo discurso, logo em seguida desfigurado por sua defesa arraigada da perpetuação daquele ambiente turvo que predomina na Casa.
Ele não é a favor da divulgação das despesas feitas pelos deputados com a "verba de representação", um complemento salarial disfarçado, presente do pré candidato à sucessão de Lula e governador das Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, quando presidiu a Câmara.
Ocorre que se trata de dinheiro público, logo, a prestação clara de contas é obrigatória. Quer dizer, deveria ser, não fosse a sua deslavada defesa dos maus costumes na encardida política brasileira.
Pressionado pela indignação pública, Temer irá "disponibilizar" as notas fiscais de suas excelências para consulta pública na Internet. Ah, sim, mas só de 2010 em diante. O passado fica por conta do Bonifácio. Aliás, o passado e o futuro, porque a protelação só serve para relegar o assunto ao esquecimento... Como se diz aqui no Brasil, "no dia de São Nunca".
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