Pesquisar conteúdo deste blog

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Superobama

Já há quem esteja chamando o recém-empossado presidente americano Barack Obama de "Messias", fazendo troça de sua popularidade e das promessas feitas.
Justiça seja feita, em primeiro lugar, as promessas de campanha e também de pré-campanha foram anunciadas ainda sem que a crise econômica mundial houvesse se manifestado com toda a sua força - e talvez isso ainda hoje não tenha acontecido, o ápice ou fundo do poço.
Obama advertiu a todos das dificuldades adiante, e o legado de seu antecessor, George W. Bush, é uma gigantesca salada de encrencas cuja digestão levará muito, muito tempo.
Não é à toa que o mundo todo projeta suas esperanças em Barack Obama, pois as pessoas precisam de líderes, que andam em falta. Vejamos: Na Rússia, Vladimir Putin não é exemplo para ninguém. Na Europa, a chanceler alemã Angela Merkel também não empolga. Na França, Nicolas Sarkozy é o mais atuante dos chefes de governo europeus, mas é um tanto infantilizado, egocêntrico.
Podem forçar a memória o quanto for: Zapatero, da Espanha, não tem carisma. O inglês Gordon Brown até sobressaiu quando tomou a frente da crise, mas foi muito pouco. Quem é mesmo o primeiro ministro do Canadá? Precisei fazer uma consulta no Google: chama-se Stephen Harper.
Hu Jintao, da China? Não, claro que não.
Lula da Silva, autorreferido, complacente, leniente com os corruptos, sobre quem pesará sempre a confissão do publicitário Duda Mendonça de que recebeu dinheiro para sua campanha em um paraíso fiscal?
Descendo na hierarquia: o bolivariano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales, a oligarca argentina Cristina Kirchner? Não sobra ninguém.
Por essas e outras, mas especialmente por essas, é que o mundo inteiro projeta suas esperanças em Barack Hussein Obama. E não porque ele é "o primeiro negro a ascender à Casa Branca".
Em seu discurso de inauguração - e não "posse", como observou Roberto da Matta - não há autoelogios nem, muito menos, autocomiseração ou autorreferência. Foi uma locução adulta, franca, limpa, realista.
Mas, as pessoas têm o direito de duvidar, o que é muito saudável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário