Quem tem razão no conflito Gaza-Israel? Depende, claro, do ponto de vista. Mas Israel está pecando por excesso, ao retaliar com 500 mortes as quatro de civis que o Hamas lhe infligiu.
Entram em Gaza, destróem a infra-estrutura, causam mais mortes de civis, crianças inclusive, transformam em inferno o caos de uma região isolada por um embargo, e, se conseguirem derrubar o Hamas, terão de administrar uma região onde falta tudo, um lugar de onde saíram há pouco mais de três anos.
Quanto mais tempo durar o ataque e quanto maior for o saldo de vítimas, maior será a pressão internacional para que saiam. Como apontou o repórter Gustavo Chacra, do Estadão, que está na região, o fator sorte (ou azar) conta, e muito.
Um incidente maior, com baixas substanciais, sejam de civis gazeanos (não sei se o gentílico está correto) ou de soldados israelenses, e o Estado Judeu será bombardeado pela opinião pública internacional e nacional.
Entraram numa tremenda fria, pecaram por excesso. O preço será exorbitante, tanto para Gaza quanto para Israel. O Hamas sairá fortalecido.
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