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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Gaza

A tentação de opinar sobre o bombardeio da Faixa de Gaza por Israel é grande, e alguns cedem a ela sem saber o suficiente, dizendo bobagens.
De tudo o que li a respeito, tirei algumas conclusões, mas ressalvo que não me considero apto a formar uma opinião serena e suficientemente bem-embasada sobre o conflito.
As imagens impressionam muito, como as de qualquer guerra, e a deixar-se levar por elas, é fácil condenar Israel.
O Hamas, dizem, foi eleito democraticamente, mas não goza de popularidade, quadro que poderá mudar dependendo do desfecho da refrega. Mas é fato que trata-se de um grupo armado e financiado majoritariamente pelo Irã, que promete destruir o Estado judeu.
Pode-se dizer que a reação israelense, embora legítima aos foguetes lançados pelo Hamas contra seu território, é desproporcional, exagerada; mas guerras, uma vez deflagradas, são difíceis de conter ou dosar.
Se um país vizinho do Brasil atirasse contra o nosso povo, não apoiaríamos uma reação das Forças Armadas? Em Israel, quatro civis foram mortos por foguetes. Qual seria o número de vítimas que justificaria uma reação? Uma? Dez? Cem?
É fato que os palestinos não tem até hoje o seu Estado, e o mundo sempre conviveu com esse fato, protestando quando os conflitos estouram de quando em quando. A hora de reprovar, pressionar e agir é antes da guerra. Durante ela é também uma atitude louvável, mas geralmente ineficaz.
Se o mundo realmente quisesse, já teria resolvido o conflito palestino, velho de tantas décadas. Agora, é administrar as inestimáveis perdas humanas, de ambos os lados. Bill Clinton, ex-presidente americano, tentou, mas é necessário persistir, não deixar que o diálogo se interrompa.
Com o mesmo vigor com que se protesta agora contra o conflito, extensamente coberto pela mídia, é preciso defender a resolução dessa discórdia histórica. Cabe aos chefes de Estado promover incansavelmente a discussão da questão, disfarçada por interesses os mais diversos, e não agir como bombeiros na hora em que a razão dá lugar à loucura da guerra.

2 comentários:

  1. Isso tudo e horrível... Mas, para rir um pouquinho.. Nosso excelentíssimo Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, segundo o site da BBC Brasil (05/01/09), reiterou o pedido de cessar-fogo a Israel. Só esqueceram de dizer pra ele, que Israel não está nem aí para o que o Brasil acha ou deixa de achar... Moral da estória: Uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU = Passar vergonha como fodão pelo mundo, eu mando e vocês obedescem... URGG

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  2. Celso Amorim é aquele que chamou Lula de "Nosso Guia". Mais ridículo, impossível.

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