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domingo, 7 de dezembro de 2008

Dualidade, pluralidade, diversidade e verdade

A dualidade, penso, é o princípio básico das coisas, embora a pluralidade seja o melhor, talvez o único, caminho para a verdade.
A média entre o frio extremo e o calor abriga a vida e o conforto, e ambos, nessas extremidades, queimam igualmente. Os opostos trazem resultados iguais, e a sua média, também.
O predomínio da idéia única, a grande Verdade, absoluta, sempre produziu abusos e calamidades.
Diz Weisskopf que isso tem origem no anseio humano pela segurança, por princípios bem definidos, universalmente válidos, com respostas para tudo.
Uma solene ilusão, porquanto os problemas humanos apresentam sempre aspectos variados, e , assim, não existem respostas genéricas.
A simetria da natureza e das leis da física são a prova dessa dualidade, o yin e o yang. A física quântica é dual: onda e partícula são a mesma coisa sob condições e/ou pontos de vista diferentes.
A foto acima mostra a molécula espiral do DNA, na qual apenas quatro letras (T, C, G, A)produzem combinações infinitas e a grande diversidade da vida. Pois é: a repetição produz a diversidade.
Se a sociedade é plural, não pode haver intolerância sem conflitos. Muito menos justiça quando se aceitam as discriminações, sejam de gênero, políticas, sociais.
Eu sei que tem muito de óbvio nisso tudo aqui escrito, mas às vezes as coisas precisam ser repetidas, porque a tendência geral, na qual me incluo, é de se esquecer o óbvio.
Então, admitir que o interlocutor pode estar certo nada mais é do que praticar a maior lei da natureza, da vida, do universo.

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