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sábado, 29 de novembro de 2008

Terrorismo profissional

O audacioso ataque terrorista em Mumbai, na Índia foi planejado durante um ano, com precisão militar.
Dez terroristas engajados na luta pela independência da Cachemira foram selecionados para um ataque sem volta.
O objetivo era atingir o maior número de alvos enquanto matavam a maior quantidade de civis possível, antes de chegar às três localidades finais.
Um ano de planejamento, compra de botes, reconhecimento do local e dos alvos, compra de munição e sua ocultação em pelo menos um dos hotéis.
nada deixado ao acaso, até mesmo o ciclo e hora das marés foi verificado e reconfirmado para assegurar que os terroristas pudessem chegar quando seu primeiro alvo, o Café Leopold, estivesse lotado de turistas desavisados na manhã de Mumbai.
Os preparativos para as atrocidades começaram um anos antes em um campo de uma região remota das montanhas em Muzaffarabad, na região administrada pelo paquistão da Cachemira.
Um interrogado revelou que a maioria dos voluntários falavam o punjabi e que a maior parte deles adotou nomes falsos e tiveram de evitar a interação com os demais além do estritamente necessário.
Durante os meses de treinamento, receberam treinamento de uso de explosivos e combate próximo. Foi dito a todos que a munição seria restrita e portanto cada bala deveria ser poupada.
Os homens receberem também lições de téncinas de comandos marítimos, com desembarque em praias em outro campo, na represa Mangla, na fronteira entre o Paquistão e a Cachemira, e na província do Punjab, na Índia.
Ao final do treinamento, um grupo de quatro terroristas se encontrou com outros seis homens na cidade de Rawalpindi, que foram treinados em outro campo próximo.
Foi ali em Rawalpindi que os dez homens do grupo receberam as instruções finais em detalhes, com imagens digitalizadas de seus alvos - Os hotéis Taj Mahal e Oberoi, o Centro Judaico e ao terminal Victoria da estação ferroviária. Cada membro memorizou os nomes das ruas e cada localização, que haviam sido obtidas em reconhecimento local anteriormente. De Rawalpindi, o grupo foi para o porto de Karachi, ao leste, onde alugaram o navio MV Alpha, e seguiram para Mumbai.
Durante a viagem, quando o navio adentrou o Mar da Arábia, os terroristas passaram apuros. A marinha indiana estava em grande atividade, abordando navios estrangeiros e revistando-os. Com receio de ter seu plano comprometido, os terroristas, na noite de 15 para 16 de novembro, usaram seus botes infláveis para seqüestrar um bote pesqueiro local, o "Kuber".
Três de seus tripulantes foram imediatamente mortos, enquanto o capitão era forçado a rumar para a costa indiana. Quando o Kuber estava a cinco milhas da costa, os terroristas cortaram a garganta do capitão e se transferiram de volta para seus botes infláveis, tomando o caminho de Mumbai.
Aportando, os homens se dividiram em grupos de dois e desencadearam os ataques.
O comandante indiano, major RK Hooda admitiu que o grupo, o Deccan Mujahedin, era melhor equipado e tinha mais conhecimento do local do conflito do que os soldados indianos.
Após a refrega, um membro da Guarda Nacional de Segurança da Índia, que chefiou um dos assaltos contra os terroristas no Taj mahal, dise que eles eram os melhores combatentes que já havia encontrado. Eles eram obviamente treinados por profissionais de guerrilha urbana.
Usaram o palco do conflito e gerenciaram a situação com maestria, forçando a Guarda Nacional da Índia a uma perigosa caçada através de vários cômodos do hotel, que eles obviamente conheciam muito bem.
Sua disciplina de combate era excelente e usaram a munição judiciosamente. Estava bem claro que vieram com o intuito de matar o maior número de pessoas e de finalmente morrer em sua horrenda empreitada.
Negociar uma rendição estava fora de seus planos.

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