Em 2004, soldados americanos e ingleses feridos no Oriente Médio e Afeganistão apresentaram sintomas de infecção por uma bactéria então rara, e muito difícil de combate. A Acinobacter baumanii, encontrada no solo e na água, é mais resistente a antibiótico do que a temível MRSA, sigla para Staphilococcus aureus Resistente à Meticilina.
Naquela época, as infecções ocorreram no Walter Reed Medical Center em Washington, EUA, no Landstuhl Regional Medical Center, na Alemanha, e em outros locais. Oitenta e cinco dos militares infeccionados serviram no Iraque, Afeganistão ou na região do Kuwait. Investigadores do Exército dos EUA, observando que os hospitais militares registravam cerca de um só caso anual, não conseguiram estabelecer se a contaminação ocorreu durante o tratamento nas frentes de batalha, ou nos hospitais. Eles foram tratados com um espectro de drogas e conseguiram curar-se.
A Acinobacter é um germe gram-negativo, um importante microorganismo para os solos, onde contribui para a mineralização de compostos aromáticos, por exemplo. No entanto, ela é uma importante fonte de infecção para pacientes debilitados em hospitais. Hoje, a sua resistência a antibióticos é maior do que a da MRSA, esta responsável por cerca de 30% das infecções hospitalares.
Hoje, a Acinobacter baumanii ameaça civis internados em hospitais dos EUA, Canadá e Reino Unido. Segundo publicações especializadas em epidemiologia hospitalar, a A. baumanii é “o mais importante patógeno emergente nas infecções adquiridas em hospitais em âmbito mundial”, e “potencialmente uma ameaça à saúde pública” por causa de sua habilidade em sofrer mutações e desenvolver resistência a todas as drogas conhecidas.
Embora diferentes tipos de Acinobacter tenham sido observados em hospitais por décadas, a nova cepa “T” identificada nas tropas infeccionadas é particularmente virulenta.
Seus efeitos são devastadores: ataca o líquido raquidiano, ossos e pulmões, causando pneumonia, falência respiratória e outras complicações. Extremante preocupante é também a sua resiliência. Difícil de eliminar das unidades médicas após sua instalação, o germe consegue sobreviver por até 176 dias em um hospedeiro humano.
Médicos canadenses investigaram as infecções em soldados internados em UTIs em Kandahar, Afeganistão, e publicaram um relatório no jornal BMC Infectious Diseases:
Eles alertaram para o fato de que suas descobertas a respeito dos riscos de infecção aplicam-se igualmente aos hospitais militares dos EUA e Reino Unido, aduzindo que os problemas ambientais e de logística enfrentados pelas unidades médicas investigadas são comuns em hospitais de campanha no Afeganistão e Iraque. Disseram também que “o uso de antibióticos sem restrições, banalizado, naqueles hospitais, para “compensar” as pobres condições ambientais contribuíram para a aparição da nova super cepa.
Os índices de infecção têm crescido agudamente nos EUA. Em 2001 e 2002, cerca de 2% das internações apresentavam infecção em uma unidade do exército especializada em queimaduras no Texas. Em 2003, a taxa cresceu para 6%, depois, 12% em 2005.
Astronomia, astrofísica, astrogeologia, astrobiologia, astrogeografia. O macro Universo em geral, deixando de lado os assuntos mundanos. Um olhar para o sublime Universo que existe além da Terra e transcende nossas brevíssimas vidas. Astronomy astrophysics, astrogeology, astrobiology, astrogeography. The macro Universe in general, putting aside mundane subjects. A look at the sublime Universe that exists beyond Earth and transcends our rather brief life spans.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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preciso saber oq as acinetobacter fazem na agua pois estou elaborando um trabalho de microbiologia e esta dificil de achar
ResponderExcluirse puder postar preciso de resposta rapida
obrigado
Lívia,
ResponderExcluirTem alguma coisa aqui, mas verei se acho algo mais:
Descrição: Acinetobacter baumannii é uma bactéria Gram negativa, não fermentadora isolada da natureza e frequentemente nos hospitais onde sobrevivem em superfícies úmidas, incluindo equipamentos de tratamento respiratório, bem como superfícies secas, como a pele humana. Espécies de Acinetobacter são patógenos oportunistas que causam infecção das vias aéreas, vias urinárias e feridas, além disso produzem septicemia. O objetivo deste trabalho é investigar a expressão e regulação de genes que codificam para proteínas de resposta a estresse por choque térmico e periplasmático, potencialmente envolvidas com a patogenicidade de A. baumanniii.
Ela sobrevive em superfícies úmidas, uma de saus pricipais características. Mas não sei a razão disso.