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quarta-feira, 23 de abril de 2008

A volta do carvão

Quando o mundo inteiro concorda em que devem ser reduzidas rápida e drasticamente as emissões de carbono, assusta saber que a empresa italiana Enel está convertendo suas usinas elétricas de óleo para carvão, o mais sujo combustível do planeta.

Não só a Itália, aliás; com os preços do gás e petróleo nas alturas e algum receito a respeito da energia nuclear, países europeus devem colocar em operação 50 usinas a carvão nos próximos cinco anos.

As economias da China e Índia, em acelerada expansão, têm o carvão como combustível tradicional para mais de dois bilhões de pessoas, e neles não se pode esperar grandes mudanças - ao menos para melhor.
Então, leitor, quando você ouve o canto de sereia dos governantes nessas reuniões mundiais sobre o clima, não acredite. A maioria continuará agredindo o meio-ambiente com a queima de combustíveis fósseis.
Eles, os governantes, falam em "carvão limpo", e isso não existe. Segundo o climatologista da Nasa James Hansen, " Conforme nossos conhecimentos sobre o que precisa ser feito para estabilizar o clima, este plano é como entrar em uma guerra sem um plano de ação, apesar de tanta informação disponível." E completa, dizendo "que precisamos de uma moratória do carvão, já"
A Enel e outras companhias de eletricidade européias dizem não haver escolha, e que os custos de combustíveis para gerar eletricidade subiram 151% desde 1996.
As reservas de carvão devem durar ainda 200 anos, comparadas aos 50 previstos para o gás e petróleo.

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