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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Triste humanidade

Ontem, eu não conseguia me distanciar da sensação de estranhamento causada por duas barbáries acontecidas recentemente no Brasil.
A primeira, que já tem algumas semanas, é o caso da menina de doze anos mantida prisioneira nas mais degradantes condições, por uma empresária do Estado de Goiás. Que nem filha dela era, mas lha havia sido dada em uma espécie de adoção informal.
Os relatos do médicos a respeito dos efeitos de longo prazo que ela sofrerá por causa dos maus tratos, que incluíram esmagamento das pontas dos dedos, queimaduras, ser mantida imóvel, nas pontas dos pés, com a boca amordaçada, sem alimentos, e, inacreditável, ser obrigada a engolir baratas, vão muito além da compreensão humana.
Mas a sádica não fez as barbaridades sozinha, teve a participação da empregada e a conivência do marido e do filho, maior de idade. Por mais que se esteja acostumado com a face macabra de uma parte dos homens, é difícil acreditar que alguém possa ter chegado a esse ponto.
O segundo acontecimento foi o da garotinha de cinco anos, estrangulada e jogada do sexto andar do prédio, em São Paulo, não se sabe ainda por quem. Esses são os casos que ganharam as manchetes nos últimos dias. Quantos, no recôndito dos lugares mais ermos, e nas periferias das grandes cidades, não acontecem diariamente sem que se saiba? Triste humanidade.

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