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quinta-feira, 24 de abril de 2008

A sina do Sri Lanka

******************************************************************************************* Você já ouviu falar no Sri Lanka? No final de 2004, o tsunami arrasou o sudeste do país, matando 35.000 pessoas de uma vez. Não foi, todavia, o pior desastre desta pequena ilha do Oceano Índico. Um caos poítico e étnico toma conta do Sri Lanka, há 25 anos mergulhado em uma guerra infindável entra as forças do governo e os Tigres Tâmeis. Ontem, mais de 100 pessoas morreram em confronto com o exército.
O grupo rebelde denominado Tigres de Libertação da Terra Tâmil (LTTE), composto de 3.000 homens, enfrenta o governo por questões separatistas e religiosas. O exército do Sri Lanka alcançou a cifra de 3.000 renbeldes mortos, mas o governo de Mahinda Rajapakse chegou à conclusão de que o número de rebeldes é maior, cinco mil.
Os ataques são cada vez mais brutais, especialmente no norte, em Jaffna, reduto dos Tigres, considerado um "país dentro de outro país". A população, divida por idioma e religião, é majoritariamente cingalesa, 74%, e a minoria mais representativa é tâmil, 18%, depois, árabe, 7%; e veda, apenas 1%. O cerne dos conflitos são diferenças religiosas: os cingaleses são budistas, e os tâmeis, hindus. Os rebeldes reivindicam a independência do norte e leste, onde os tâmeis são mais numerosos, e sentem-se discriminados, expulsos em massa da capital, Colombo.
Há falta de medicamentos e alimentos em toda a ilha, mas especialmente no território tâmil, que sofre embargo governamental. Os acessos por estradas estão interrompidos, só se chega a Jaffna por mar ou ar, e uma viagem de 200 km por estrada pode durar 10 horas.
Os Tigres Tâmeis praticam atentados terroristas, e um deles resultou na morte do ministro dos Transportes, em 6 de abril. O governo está determinado a acabar com o Tigres Tâmeis, que reagem com igual violência, resultando em milhares de mortos.
Ano passado, foram 4.000 mortos, e em 2008, as previsões são mais sombrias para uma população que não tem um só dia de paz. Após vinte anos de lutas, o saldo de mortos é 70.000, e de refugiados, 600.000, além de outros 200 mil na Índia.

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