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quarta-feira, 23 de abril de 2008

A religião do Kremlin

A Igreja Russa Ortodoxa foi duramente perseguida na vigência do comunismo soviético, mas tem crescido e se tornado cada vez mais influente, após o fim da URSS, em 1991. O problema é sua aliança com o governo de Vladimir Putin, que agora ostenta uma cruz e fala em público a respeito de sua fé Ortodoxa. Governadores pró-kremlin e bispos russos ortodoxos têm atuado com muita proximidade em várias regiões da Federação Russa. Mais de 70% dos cidadãos russos de identificam com a religião Ortodoxa, contra 59% em 2003.
A Constituição da Rússia assegura a liberdade religiosa, e em 2006 Putin disse que na Rússia moderna, tolerância é a base da paz civil, e um importante fator de progresso social.
Mas a região de Belgorod, importante reduto oxtodoxo, tem sido palco de campnhas anti-protestantismo, com lei própria restringindo o proselitismo protestante.
Embora o discurso oficial do Kremlin enfatize a tolerância religiosa, as congregações protestantes têm sido constantemente adjetivadas de "seitas", e precisam obter permissão oficial antes de pregações religiosas. Um grupo conhecido como Batista Evangélico é um dos que têm permissão oficial, mas foi impedido de alugar um teatro para um festival de música cristã e não obteve permissão para doar brinquedos a um orfanato.
Outros grupos, ainda, são obrigados a promover encontros em pequenas residências particulares, como a dos Adventistas do Sétimo Dia, que chegou a sofrer repressão policial.
Congregações protestantes na cidade de Stary Oskol têm de registrar suas igrejas em órgãos governamentais para simplesmente poderem promover cultos e orações em residências.
Um grupo da Igreja Metodista teve sua sede fechada depois de várias visitas do FSB, sucessora da KGB, a polícia política da então União Soviética.
O pastor Vladimir Pakhomov, chefe da Congregação Metodista, tentou registrar sua igreja junto ao governo local, mas o pedido foi negado, e uma apelação judicial foi indeferida. Agora, ele pode ser preso por comportamento que seja considerado proselitismo religioso.
Fonte: NYT

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