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terça-feira, 22 de abril de 2008

Evo Morales e a erradicação do capitalismo

Não sei exatamente se o presidente boliviano Evo Morales é um sujeito bem-intencionado mas mal-informado e desajeitado, um político desastrado, ou o inverso.
Evo instou a comunidade internacional a "erradicar o capitalismo", substituindo-o por um socialismo comunitário", seja lá o que isso signifique, se desejarmos salvar a Terra dos perigos das mudanças climáticas. Foi esta a mensagem de Evo na inauguração da sétima sessão do Foro Permanente para Assuntos Indígenas da ONU, cuja platéia o aplaudiu.
Evo disse ser necessária uam revolução para se combater o impacto das mudanças climáticas, o que não deixa de ser verdade. Uma revolução de costumes e modo de consumo.
"Para o movimento indígena, a Terra é nossa mãe e não pode ser admitido que o modelo capitalista a transforme em mercadoria", disse Evo. Exagerando, Evo disse que " É o Norte quem deve pagar a dívida ecológica, e não o Sul, a dívida externa".
O presidente boliviano defende o enfrentamento das mudanças climáticas pela transformação do modelo econômico, a eliminação das guerras, o fim do colonialismo e o reconhecimento da água como bem comum da humanidade, e o desenvolvimento de fontes limpas de energia.
Perfeitamente, ideais aos quais ninguém bem-intencionado haveria de se opor.
Mas Evo não se absteve de atacar os biocombustíveis, que o Brasil do colega Lula produz tanto e tão bem. Assim, fica difícil. Belas idéias são defensáveis, mas precisam encontrar apoio não em teorias.
Agora, Evo e outros como Fidel Castro encontram apoio no "diagnóstico" do Banco Mundial, que taxou os biocombustíveis de causadores da alta dos preços dos cereais. Ele diz que tem esses problemas na Bolívia, mas que trata-se de um problema gerado por causas externas.
Hoje mesmo, li que entre 40 e 60% dos alimentos se perdem por problemas de embalagem e transporte. Que tal os teóricos se debruçarem sobre essa questão e, com isso, resolver o dilema da alta de preços dos alimentos? Não é questão de falta de terras, água ou dinheiro, mas de gerenciamento, de detectar a origem das causas deste desperdício e tapar o vazamento.
Uma questão muito mais prática do que ideológica...

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