Foi assim que o presidente Lula se referiu à inflação, que anda pondo as mangas de fora no mundo todo.
Nós, brazucas, convivemos tanto tempo com o aumento veloz e contínuo dos preços, que achávamos até natural que tudo, inclusive salários, aumentasse exponencialmente.
Vivíamos a doce ilusão da multiplicação - não dos pães, que isso é o inverso da inflação - do dinheiro.
Ora, mas hoje, à execeção do Zimbábue, China, Argentina, Venezuela e mais alguns países, tornamo-nos, os do extinto terceiro mundo, hoje o mundo dos países em desenvolvimento, nome politicamente correto para "subdesenvolvido", mais responsáveis no tocante ao controle da moeda. Mas, ironia suprema, a desgraçada teima em se manifestar, fazendo pouco de nossa recém-adquirida "responsa" (Que assunto chato para um domingo, hein? Mas serei breve). É que acabo de ler um artigo sobre o tema inflação versus diminuição do crescimento da economia mundial, vulgo recessão. O trecho que me deixou encafifado é curto; ei-lo: "A erosão do poder de compra em todo o mundo parece, até certo ponto, surpreender, diante da desaceleração do crescimento econômico". Quer dizer, surpreende que o dinheiro esteja perdendo valor em todo o mundo, mesmo com a economia mundial pisando no freio. nestas condições, normalmente, com menos gente ganhando, diminuiriam as pressões sobre os preços. Mas isso não está acontecendo. Bem, meu amigo(a), se o preços sobem com o movimento em queda, o que será quando a economia voltar a crescer? Teremos um recrudescimento ainda mais forte da "desgraçada' da inflação? Hoje, os alimentos acusam um aumento de 45% em relação ao ano passado, em âmbito mundial. No Brasil, um "litro" (litro econômico, de 900 ml) de óleo de soja custa, no Carrefour, R$ 3,30, quando, há um ano, saía pela metade disso. O feijão, então, dispensa comentários. Estamos a caminho da exaustão dos recursos naturais da Terra. Pode ser daqui a cem, duzentos, quinhentos anos, mas virá. O que será de um sistema econômico, dessa bicicleta que não pode deixar de ser pedalada? Escassez de recursos e, por conseguinte, de muitos outros produtos, significa mais inflação. Talvez pior: guerras, provavelmente, pois já há disturbios na Indonésia, Haiti, Egito, em razão dos preços dos gêneros alimentícios. Os americanos, hoje, pagam US$ 3,36 por galão (3,6l) de gasolina, o que dá US$ 0,93 por litro, ou R$ 1,59. Caramba, nós pagamos, no mínimo, R$ 2,39 pela ordinária gasolina da Petrobras, em São Paulo, e os americanos estão reclamando. O Brasil seria uma potência insuperável se tivéssemos impostos iguais aos dos americanos e uma infra-estrutura decente com um governo mais enxuto.
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