A cor púrpura da foto, feita pelo telescópio espacial Hubble, indica áreas de matéria escura.
Os aglomerados de galáxias nos círculos mostram amontoados da misteriosa substância, que compõe 25% do universo.
Os astrônomos conseguiram criar o mais detalhado mapa já feito da matéria escura, que preenche a maior parte do espaço intergaláctico. Por não emitir nem refletir radiação (luz visível, raios-x, etc.) ela não pode ser diretamente observada. No entanto, por causa de sua massa, os cientistas podem inferir a sua presença pelo efeito gravitacional que exerce em sua vizinhança.
Os cientistas Meghan Gray, da Universidade de Nottingham, e Catherine Heymans, da Universidade de British Columbia em Vancouver, Canadá, chefiaram uma equipe que juntou 80 imagens dos superaglomerados galácticos Abell 901 e 902, situados a 2,6 bilhões de anos-luz da Terra, feitas pelo Hubble em 2006.
Antes de chegar ao Hubble, a luz das 60.000 galáxias foi desviada pela gravidade da matéria escura. Heymans estudou esta distorção, chamada "lente graviacional", para estabelecer a distribuição da matéria escura. este efeito de lente modifica a aparência do perfil das galáxias atrás de um superaglomerado; uma galáxia circular toma a forma aparente de uma banana.
O mapa, revelado ontem durante o encontro anual da American Astronomical Society é duas vezes e meia mais nítido e preciso do que uma pesquisa anterior sobre o aglomerado, baseada em instrumentos terrestres. A análise destacou quatro áreas principais, nos círculos, onde a matéria escura se concentrou em densos aglomerados, 100 trilhões de vezes maior que a massa do Sol, no total.
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