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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Nanotubos no tratamento do câncer

O trabalho da agência espacial americana, a NASA, não se resume à astronáutica, cosmologia e astronomia. O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) está trabalhando, em conjunto com a fundação City of Hope (Cidade da Esperança), líder em pesquisas e tratamento do câncer, para estabelecer o potencial dos nanotubos de carbono no diagnóstico e tratamento da doença.
A nanotecnologia poderá ajudar a revolucionar a medicina com a possibilidade de desempenhar um papel importante no terapia seletiva do câncer. Os pesquisadores da City of Hope esperam poder aumentar a capacidade de resposta imunológica do cérebro a tumores enviando aos locais adequados do órgão agentes de combate à doença por meio de nanotubos, que são 50.000 vezes mais finos do que um fio de cabelo, embora seu comprimento possa atingir vários centímetros.
Se a tecnologia de nanotubos puder efetivamente ser aplicada a tumores cerebrais, ela também poderá ser usada no tratamento de traumas, doenças neurodegenerativas, aneurismas, e outros processos patológicos do cérebro, segundo o dr. Bahnam Badie, diretor de neurocirurgia da Hope, para quem os testes em humanos deverão começar dentro de cinco anos. O Nano e Micro Systems Group do JPL/NASA, que vem pesquisando nanotubos desde 2000, cria os pequenos tubos de carbonos com paredes múltiplas para a City of Hope, cujos pesquisadores conseguiram bons resultados: Os nanotubos, que foram usados em ratos, não são tóxicos para as células, não modificaram sua reprodução e foram capazes de carregar as moléculas de NDA e siRNA, que codificam as informações genéticas.
Os nanotubos de carbono são extremamente fortes, flexíveis, resistentes ao calor e têm pontas muito afiadas. Conseqüentemente, o JPL usa os nanotubos como catodos de emissão de campo - veículos que ajudam a produzir elétrons - para várias aplicações espaciais, como raios-x e espectrômetros, além de microeletrônica a vácuo e comunicação de alta freqüência e sensoriamento remoto.
Os nanotubos são uma inovação relativamente recente, portanto, não são ainda usados rotineiramente nas missões da NASA. Mesmo assim, podem ser empregados em análise de gases e instrumentos de mineralogia para uso em futuras missões a Vênus, Marte e Júpiter.
City of Hope: http://www.coh.org .

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