Investidores em pânico obrigaram um fundo inglês de 4 bilhões de dólares a fechar as portas para impedir uma onda de resgates.
Trata-se do Exclusive Scottish Equitable, e há receio de que outros fundos estejam em risco. É a manada dos pequenos investidores em debandada, com medo de perder as economias que garantem suas pensões.
O problema é que o Scottish informou que 129 mil pequenos investidores estão impedidos de sacar suas aplicações por até um ano, porque não tem mais reservas suficientes para honrar os resgates.
O medo da recessão nos EUA está se transfomando em pânico, irracional, e esses fundos investem em imóveis como edifícios comerciais e shopping centers. Outro fundo do mesmo grupo, o Aegon UK, anunciou que também irá fechar as portas aos resgates.
O aperto no crédito aumenta os custos dos empréstimos, derrubando os preços dos imóveis, além do fato de a queda no consumo reduzir os lucros dos shoppings, o que por sua vez diminui os ganhos dos fundos que investem neles.
Os pequenos investidores investiram US$ 30 bilhões em papéis deste fundos de imóveis, e outros bilhões foram aplicados por fundos de pensão de empregados de empresas do Reino Unido, atraídos por promessas de altos ganhos.
A raiz do problema é que estes fundos investiram em edifícios que podem levar meses para serem vendidos; em conseqüência, não conseguem fazer caixa para pagar os resgates dos pequenos investidores se todos resolvem sair ao mesmo tempo.
A alternativa, segundo o Scottish, seria fazer uma liquidação, mas isso deixaria os investidores em situação pior.
O fundo Norwich Union declarou que o valor das cotas caiu 20% em um ano.
A decisão de suspender os resgates tem lógica, evitar o pânico e os conseqüentes prejuízos de uma venda em massa. Mas também é apavorante estar no lugar do investidor que terá de esperar até um ano para pegar seu dinheiro, ou parte dele.
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