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sábado, 1 de dezembro de 2007

Ulysses no Sol

A nave-sonda espacial Ulysses chegou aonde nada nem ninguém jamais esteve, o Sol. Evidentemente, guardando distância sufuciente para não derreter.
Mais precisamente no Pólo Sul, e agora, rumo ao Pólo Norte, para estudar a influência da estrela no meio-ambiente espacial do sistema solar.Missões anteriores permaneceram na região equatorial do Sol, onde se localiza a órbita dos planetas. No entanto, a órbita da Ulysses é perpendicular, dando uma perspectiva única a partir da qual se pode estudar o Sol e seu efeito no espaço circunvizinho.
A entrada na região do Pólo Norte é definida pela latitude heliográfica de + 70 graus. A Ulysses agora irá chegar à latitude máxima de 80 graus e então voltará aos 70 graus, em março de 2008, e deixará a calota polar do Sol.
Observações do vento solar, campo magnético, partículas solares energéticas e raios cósmicos obtidos durante este tempo serão comparados aos verificados na passagem pelo Pólo Sul, no começo deste ano, para assinalar eventuais diferenças, quer dizer, uma assimetria Norte-Sul ou diferenças temporais, associadas a mudanças no Sol.
Compreender a atividade solar é importante não apenas porque o Sol é uma estrela mediana que está disponível para observações próximas, mas porque elas têm influência importante sobre a Terra e seus habitantes, à medida que desenvolvemos novas tecnologias e podemos mandar gente ao espaço, com os riscos inerentes a isso.
A atividade e as manchas solares são causadas pelo campo magnético do Sol que se modifica enormemente durante um ciclo de 22 anos. Por ocasião da primeira órbita da Ulysses, os pólos magnéticos do Sol estavam positivos com os campos de entrada no Norte e de saída no Sul, ou seja, o fluxo dos campos. Na segunda órbita do Ulysses no máximo de ocorrência das manchas solares, os campos dos pólos do Sol haviam desaparecido, e então ressurgiram com sentido invertido, negativo ou de entrada no Norte e positivo ou de saída no Sul.
Além disso, a intensidade dos campos magnéticos é agora metade do que era durante a primeira órbita. Por isso, a Ulysses está agora voltada para a investigação deste campo magnético modificado e seu efeito no vento solar, nos raios cósmicos galácticos e outros corpos celestes.

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