Memória fotográfica

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Eles não são elefantes, mas têm uma memória invejável para números, superior à capacidade humana, descobriu a Universidade de Kioto, Japão.

Pesquisadores testaram a memória numérica de três duplas de chimpanzés, compostas de mãe e filho, às quais foi ensinada a numeração de zero a 9, de forma ascendente, ao mesmo tempo que a estudantes universitários. Uma das mães, chamada Ali, foi o primeiro chimpanzé que aprendeu a numeração arábica para etiquetar conjuntos de objetos com o número apropriado.

Nos testes, mostrou-se aos chimpanzés e aos humanos vários números de 1 a 9 sobre um monitor sensível ao toque. Em seguida, os números eram trocados por quadrados em branco e a pessoa ou chimpanzé tinha que se lembrar qual número aparecia em cada localização e otcar os quadrados na ordem correta.

Os chimpanzés jóvens podiam recordar números vistos rapidamente e não havia variação nas provas mesmo que houvesse diferenças no tempo em que eram exibidos na tela. Os resultados obstidos pelos chimpanzés jovens eram melhores do que os de suas mães.

Os humanos, contudo, mostraram-se mais lentos que os três macacos jovens nas respostas. No caso dos humanos, a porcentual de acerto diminuia à medida que se reduzia o tempo de exibição dos números na tela.

O pesquisador Tetsuro Matsuzawa diz que ainda existe muita gente que supõe que os humanos são superiores aos chimpanzés em todas as funções cognitivas. Mas os chimpanzés têm, sim, uma capacidade extraordinária de memorizar números, superior à dos humanos. É a chamada memória fotográfica, que as crianças têm e diminui com a idade.