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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Fotografando exoplanetas

Apesar de os astrônomos já terem identificado 250 planetas que orbitam outras estrelas, até agora nenhum destes cientistas conseguiu uma imagem de nenhum deles. Isso acontece principalmente porque o brilho das estrelas é milhares de vezes maior do que os próprios planetas, portanto, tentar ver um planeta próximo de uma estrela é como procurar enxergar um fósforo aceso perto de um holofote a milhares de quilômetros de distância. É um grande problema, mas o cientista Ben Oppenheimer, do Museu Americano de História Natural, em New York, esperam resolvê-lo com um novo instrumento chamado o Projeto Lyot.
“Acredito que estamos prestes a conseguir uma foto de um exoplaneta, talvez dentro de um ou dois anos”, disse Ben.
O âmago do projeto é um coronógrafo (de corona, ou coroa solar) avançado, um tipo de instrumento que consegue obter melhores informações sobre exoplanetas ao bloquear a luz das estrelas orbitadas por eles, algo parecido com a ação de um pára-sol em um dia ensolarado, ou como provocar um eclipse artificial. A esperança é que o instrumento finalmente consiga bloquear a luz das estrelas o suficiente para que os astrônomos consigam tirar fotos dos exoplanetas, e talvez descobrir um mundo parecido com a Terra. Simples, não? É por isso que nunca se fez uma foto de planetas extrasolares.
Fazendo truques com a luz
O coronógrafo é uma peça quadrada de quatro pés, com uma prancha cheia de espelhos que instrumentos que captam luz. A luz das estrelas capturada por um telescópio é desviada pelos espelhos para o coronógrafo, que focaliza a imagem, em seguida, envia a luz para o que é denominado um “spot de ocultamento”, ou uma mancha negra (lembre-se que a cor preta absorve luz).
Esta mancha negra bloqueia a luz da porção central da imagem da estrela, de maneira assemelhada ao efeito de manter seu dedo apontado para o sol poente.
Outro estágio do bloqueio de luz, chamado a parada Lyot, remove a maior parte dos anéis de luz remanescentes vindos da estrela. O resultado é uma imagem que contém apenas 1,5 % da luz estelar, tornando bem mais fácil ver os esmaecidos planetas que a orbitam.
Inicialmente, o Lyot estava instalado no telescópio da Força Aérea de Maui, Havaí, conhecidos como US Air Force AEOS (Advanced Electro Optical System). O equipamento foi adequado para testar o Lyot e a equipe está começando a publicar as descobertas daquele período.
Agora, o coronógrafo está de volta ao Oppenheimer’s New York Lab, onde está sendo readequado para instalação no Observatório de Monte Palomar em San Diego, California.

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