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sábado, 1 de dezembro de 2007

A confusão belga

Imagine um país onde uma população literalmente dividida fala idiomas distintos, onde essas duas regiões são economicamente distintas, uma mais próspera e outra com alto nível de desemprego, com um Parlamento nacional e mais cinco regionais. Agora, adicione outro fator de conflito, a falta de governo. Este país existe, é a Bélgica.
Em Flandres, fala-se holandês, e na Valônia, o idioma é o francês. Além disso, é uma monarquia, e o primeiro-ministro democrata-cristão Yves Leterme, eleito há 174 dias, não consegue formar seu governo.
Agora, o rei Alberto II aceitou a demissão de Leterme, pois os partidos não conseguem fazer uma maioria para tornar o governo viável. A região de Flandres pleiteia autonomia administrativa, mas o projeto que trata do assunto fracassou.
O país, com 10,5 milhões de habitantes, onde médicos de uma região ou língua não tratam pacientes de outra região, e os francófonos são minoria.
Assim dividida, a Bélgica é uma nação sem identidade, e as tensões separatistas estão aumentando.

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