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terça-feira, 23 de outubro de 2007

O computador e a mente

Os programas da Microsoft de Bill Gates estão presentes em 90% dos computadores de todo o mundo, um caso singular de monopólio planetário.

Mas isso é pouco para Gates, ele também quer entrar na mente dos usuários e ajustar as tarefas do computador ao estado de ânimo do dono.

Pois é, a Microsoft requereu a patente de uma tecnologia que reconhece estados mentais, que o grupo pretende usar em seus projetos de interação entre os computadores e os humanos. Mas a empresa não diz nada a respeito, alegando que a patente ainda não foi aprovada.
Mas a Microsoft já havia dito que sua divisão de pesquisas Microsoft Research estava trabalhando na criação de um microcomputador mais "humano", que percebe os estados de ânimo dos usuários e reage à sua frustração e cansaço, por exemplo. O tal computador seria capaz de postergar tarefas que exijam maior concentração se notar que o usuário está com sua capacidade de concentração diminuída. Por exemplo, o equipamento reduziria a entrada de e-mails ou de ligações Voip quando a capacidade verbal estiver saturada.
Não é nada do outro mundo, mas a infra-estrutura para realizar isso ainda é complicada:
A Microsoft Research está experimentando mediante encefalogramas detectar a atividade cerebral das pessoas. "Podemos saber se o cérebro está realizando operacões matemáticas ou desenhando objetos com uma probabilidade de 80 %", disse a empresa O problema maior é que examinar a atividade cerebral exige uma tecnologia complicada e grande, e a Microsoft procura reduzir as dimensões dos sensores.
Há outras empresas se empenhando em tecnologias para ler nossos pensamentos, por assim dizer. Os videojogos, por exemplo, poderão ser jogados de uma forma diferente; usando apenas a mente, poderemos mover personagens, lutar contra inimigos virtuais, etc.
Uma empresa da Califórnia, a Neurosky, está desenvolvendo protótipos que lêem as ondas mentais dos usuários e detectam se estão concentrados, sonolentos ou ansiosos. É fantástico: uma espada da Darth Vader que se ilumina quando nos concentramos nela ou fixamos nossa atenção em uma imagem mental.
Além de revolucionar o mundo do videojogos, a tecnologia poderá ter aplicações terapêuticas, e melhor que isso: pessoas com mobilidade reduzida e autistas poderão usar computadores. Evidentemente, também os deficientes visuais, que já os usam, mas poderão fazê-lo com maior conforto.

Um comentário:

  1. Um espanto!
    Da mesma forma como a ética é clamada quando se fala em manipulação genética, e (re)criação de seres vivos, é bom que se ergam barreiras, toda vez que humanos brinquem de ser Deus.
    E que Deus tenha piedade de todos, por mais do que avançar na 'árvore do conhecimento', mas por querer tomar o jardim todo.
    É como querer controlar uma explosão nuclear, com as mãos nuas. Se a humanidade não tiver humildade, talvez nem precise mais mesmo. Uma história onde não sobrará ninguém para contar ou para ouvir.
    É um pensamento rude, mas parece que se encaixa num mundo onde os limites são dados por nós mesmos, temos esta oportunidade de verter para o bem ou para o mal.
    A escolha é nossa.
    E o nosso imobilismo já é a escolha do vizinho, sobrepujando a nossa. É um conforto tão caro quanto vender a alma para o diabo. É como avançar um sinal de trânsito, o controle deixa de estar em nossas mãos.
    Então a solução é migrar para o Linux?
    Quem dera que a vida fôsse feita de soluções fáceis e simplórias.
    Não, isto também não teria graça nenhuma.
    Eduardo Buys Blog do Varejo www.varejototal.zip.net

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