Primeiro foi o Eurotunel, que liga, por debaixo do Canal da Mancha, França e Inglaterra. Ao custo de 39 Euros, na baixa estação, cruza-se por trem o trecho entre os dois países. Uma aventura empresarial que resultou na insolvência da companhia que administra o Eurotúnel, deficitária desde o início de suas operações. A competição com as empresas aéreas de baixo custo fez com que o túnel nunca obtivesse o volume de passageiros previsto. A empresa pediu proteção contra os credores na justiça, alegando que se tivesse que continuar honrando pagamentos de sua dívida de 9 bilhões de euros, fecharia as portas até o início de 2007.
Agora, Espanha e Marrocos reativam o antigo projeto de um túnel sob o Estreito de Gibraltar, idealizado por Giovanni Lombardi, um célebre engenheiro suíço, hoje com 80 anos, novo responsável pelo projeto de ligação entre os dois continentes, com custo estimado em 5 bilhões de euros.
Em um trem de alta velocidade, os passageiros embarcarão em Sevilha, Espanha e, depois de uma hora, saltarão em Tanger, no Marrocos. O túnel faz parte de um projeto mais amplo de uma linha de trens de alta velocidade que percorrerão o território marroquino, a ser construído pela empresa francesa Alsthom. Mas o trecho do túnel ficará a cargo de um consórcio formado pelas companhias Typsa, espanhola; INGEMA, marroquina; Geodata, italiana; e a suíça Lombardi. Prevista para ser concluída em 2025, a obra terá um trechocom um túnel ferroviário duplo de 38,7 quilômetros, 27,7 dos quais sob o mar. A título de comparação, o Eurotunel tem 50 km de comprimento, 39 deles debaixo do mar, a 40 m de profundidade na leito marinho.
Será uma ligação importante entre os dois continentes, tomara que não siga o caminho do Eurotúnel.
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