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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mianmar começa a ceder

******************************************************************************************************************************************* Aung San Suu Kyi, a corajosa oponente à ditadura militar de Mianmar, em prisão domiciliar por doze dos últimos 18 anos, encontrou-se com um representante do governo militar, numa primeira amostra concreta de que os generais-ditadores sentiram a pressão, não só popular, mas também a internacional, talvez mesmo uma "recomendação" de Pequim, que tem bastante influência sobre Rangun.
No entanto, as aparências talvez enganem: analistas internacionais dizem que isso pode ser apenas um gesto para aplacar a pressão da comunidade internacional.
A junta militar que governa Mianmar pelas últimas duas décadas, continua a sofrer sanções econômicas e críticas do exterior, um mês depois das violentas ações de repressão pelos que protestam por democracia, na chamada Revolução Açafrão liderada pelos monges.
Afinal, os fatos não combinam com as alegadas intenções de diálogo, pois é incoerência receber Aung San para uma conferência e devolvê-la em seguida à prisão. O chefe da Junta Militar governante, Senior general Than Shwe anunciou que poderá se reunir com Aung San, mas sob condições que põem em dúvida a sua sinceridade. Além de sua tenacidade, Aung San Suu Kyi é filha de Aung San, o herói da independência do país que se chamava Birmânia, e um líder militar reverenciado pelas forças armadas, o que confere a ela uma posição de respeito e liderança em Mianmar,mas também a coloca em um posição de competição com as forças, que também se orgulham de sua descendência de Aung San.
Mas enquanto a China mantiver Mianmar como seu protetorado, o país ficará relativamente imune à pressão internacional, ao menos no quesito econômico. E Pequim já disse que não endossa sanções econômicas contra Mianmar.

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