Um episódio ocorrido esta semana, em São Paulo, ilustra com perfeição como se cria um pitboy (apelido dado a garotões agressivos que espancam clientes nas ruas e boates do Rio de Janeiro e de outras cidades).
Uma Ferrari chocou-se contra um mureta de proteção, em São Paulo, e um cinegrafista que registrava a cena foi agredido com uma cabeçada pelo motorista do possante. Levou seis pontos na boca.
Alertados por outras pessoas no local do acidente, dois policiais militares, em vez de conduzir o pitboy para a delegacia, permitiram que ele fosse embora. Ninguém entendeu o motivo da gentileza dos PMs, que serão investigados pela corregedoria da Polícia Militar.
A Ferrari, que custa R$1,3 milhão, ou cerca de US$ 700 mil, está em nome do pai do moço, que tem 27 anos.
Claro, o sujeito que, com essa idade (ou talvez qualquer outra), ganha um carro deste valor, se acha acima dos mortais e, conseqüentemente, da Lei. O pai, um irresponsável, desprovido de bom-senso, deu a receita de como adestrar um pit boy.
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