Eu filosofava justamente a respeito de rostos e personalidades; pensava na infinidade de faces e fisionomias que existem neste mundo; por trás de cada uma, um enigma, uma promessa, uma dúvida. Num primeiro momento, são os rostos que aproximam as pessoas, além das contigências. Mas eles não revelam as personalidades de quem os carrega. Um belo rosto pode esconder um tirano, da mesma forma que um semblante pouco atraente, muitas vezes, revela almas sublimes. Bem diz o ditado, quem vê cara...
Todavia, essas faces são fugazes, se modificam tão rápido em tempos muito curtos, próprios da brevidade da vida, pequenos frente ao Universo.
Mudanças sutis produzem grandes diferenças, a atratividade de um rosto está num ou outro detalhe, pequeno, mas não insignificante. E, no entanto, nesta coisa virtual da internet, não é necessário ver rostos para conhecer pessoas bacanas, interessantes e desinteressadas.
Mas o que é mesmo que atrai alguém num rosto? Sim, porque, embora haja uma espécie de "unanimidade" a respeito de belas e belos estampados nos cartazes, nas páginas das revistas e nas telas de cinemas e televisões, sempre alguém irá ter preferência por um ou outro, e o que faz isso acontecer? Modelos de nossa infância, traços que lembram pai, mãe ou qualquer outra pessoa importante em tempos remotos? Mas depois do rosto vem o resto, a personalidade, talvez a busca, no outro, do que nos falta, nosso oposto, a tal cara-metade. Ou uma grande ilusão, resultado de projeções, e paixões nada mais são do que isso, idealizações. Aí, talvez então, o rosto escolhido se revela uma ilusão.
muito gostei desse artigo sobre faces, e concordo com vc.Acredito que a essência completa qualquer aparencia, o belo para um pode ser o contrário para outro...nos faz refletir.
ResponderExcluirabraços