Caos

A cena caótica parece, mas não é de um aeroporto conhecido. Trata-se de Heathrow, em Londres. Os passageiros reclamam que passam mais tempo nas filas de embarque do que no vôo até o destino. É verdade que não é um dia corriqueiro, mas, sim, o pico da temporada de férias na Europa. E os aeroportos, além das medidas extremas de segurança contra o terrorismo, aparentam não estar adequadamente equipados para atender os viajantes. Lá, a queixa tem alguma relação com o que acontece na área de serviços aqui no Brasil: economia de pessoal, a despeito dos lucros exorbitantes auferidos pelas empresas. A demora em heathrow, contando-se o check-in e os procedimentos de segurança, dá uma média de 1h28m. A administradora do aeroporto é uma empresa de capital espanhol, a BAA, acusada de lucrar ainda mais com a demora ao computar mais vendas nas lojas dos aeroportos. Frente aos protestos, a BAA informou que irá admitir mais empregados, certamente porque as pessoas se queixam de pagar caríssimo por serviços de terceiro mundo. O fato é que o mundo está se tornando muito complicado, tem gente demais. Apesar de tudo, nada se compara à demora dos aeroportos brasileiros.